31/01/2024 às 13h56min - Atualizada em 31/01/2024 às 13h56min
Situação de emergência em Joinville é reconhecida após vazamento de ácido sulfônico
O ácido sulfônico é uma substância utilizada na fabricação de produtos de limpeza e oferece riscos à saúde humana
Agência Brasil / Fábio Munhoz / Don Carlos Leal
CNN
Caminhão que carregava ácido sulfônico colide com ribanceira na SC-418 e produto vaza pela região. - Imagem: Polícia Militar Ambiental / Reprodução O governo federal reconheceu situação de emergência na cidade de Joinville, no interior de Santa Catarina, depois que um caminhão com ácido sulfônico tombou na rodovia SC-418 e atingiu um rio que abastece o município. O acidente ocorreu na manhã da última segunda-feira (29). O ácido sulfônico é uma substância utilizada na fabricação de produtos de limpeza e oferece riscos à saúde humana se ingerido ou em caso de contato com pele ou olhos.
O decreto que declara situação de emergência na cidade foi assinado ontem pelo prefeito Adriano Silva (Novo). A situação foi reconhecida no mesmo dia pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, por meio de portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Os municípios em situação de emergência reconhecida pelo governo federal podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada, fazer compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para custear ações de combate à crise.
Acidente afetou abastecimento
Após o acidente, a prefeitura de Joinville anunciou o fechamento temporário da captação de água na Estação de Tratamento do Rio Cubatão. A medida foi tomada para evitar que a estação recebesse água contaminada com o ácido sulfônico.
Na terça-feira (30), a administração municipal informou que o abastecimento de água já havia começado a ser restabelecido na cidade. “Após a realização de análise da água tratada, considerada potável e dentro dos parâmetros recomendados para consumo, ela passou a ser enviada para os reservatórios, que estavam vazios desde a tarde de ontem”, disse a prefeitura.
A prefeitura informou ainda que “inicialmente, a água que estava parada dentro da tubulação pode apresentar cor ou odor alterados, mas que isso não a torna imprópria para o uso e não tem nenhuma relação com o produto derramado no Rio Cubatão”.
Outras cidades em situação de emergência
Além de Joinville, o governo federal reconheceu situação de emergência em outras 44 cidades de nove estados brasileiros. Outras três entraram em estado de calamidade pública.
No Rio Grande do Sul, as cidades de Agudo, Ajuricaba, Arroio do Tigre, Capão do Cipó, Capitão, Dona Francisca, Júlio de Castilhos e Sobradinho foram atingidas por chuvas intensas, assim como Serranópolis de Minas e Três Corações, em Minas Gerais.
Ainda no RS, os municípios de Barros Cassal, Nova Petrópolis e Presidente Lucena foram atingidos por enxurradas, enquanto Cruzeiro do Sul e Porto Xavier registraram inundações. Já Nova Santa Rita e Giruá foram afetadas por vendavais e Vista Alegre, por queda de granizo. O município mineiro de Engenheiro Caldas também registrou granizo.
As seguintes cidades tiveram reconhecimento de situação de emergência por causa da estiagem: Caetité, Heliópolis, Iaçu, Iramaia, Mundo Novo e Presidente Jânio Quadros, na Bahia; Boa Ventura, Brejo do Cruz, Nova Floresta, Santa Cecília, Santana dos Garrotes, São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas e Tavares, na Paraíba; Jaguaribara e Mombaça, no Ceará; Iati e Ibirajuba, em Pernambuco; Caicó, no Rio Grande do Norte; e Figueirópolis, em Tocantins
Itamarandiba e Joaíma, em Minas Gerais, Cedro, no Ceará, Coronel José Dias, no Piauí, e Campo Grande e Santo Antônio, no Rio Grande do Norte, foram atingidas pela seca, que é um período de falta de chuvas mais prolongado do que a estiagem.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional informa que as cidades de Estrela e Taquari, no Rio Grande do Sul, obtiveram o reconhecimento de estado de calamidade pública devido a chuvas intensas, enquanto em Bodocó, em Pernambuco, o motivo foi a estiagem.
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Caminhão que carregava ácido sulfônico colide com ribanceira na SC-418 e produto vaza pela região. - Imagem: Polícia Militar Ambiental / Reprodução
