21/11/2023 às 00h01min - Atualizada em 21/11/2023 às 00h01min
O segredo dos superidosos é alvo de pesquisa sobre bem-estar da geração 80+
São pessoas com 80 anos ou mais, às vezes com idade superior a 100 anos, que conservam alta performance neuropsicológica
Ana Dubeux
CORREIO BRAZILIENSE
Superidosos: pessoas ativas, com grande reserva cognitiva, que continuam interagindo muito bem socialmente - Foto: Centre for Ageing Better na Unsplash / Reprodução A Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação está desenvolvendo uma pesquisa que pode revolucionar a forma como a sociedade encara o envelhecimento. A ideia de idosos dependentes ou com problemas neuropsicológicos, sempre presente, exclui um grupo especial: pessoas ativas, com grande reserva cognitiva, que continuam interagindo muito bem socialmente e contribuindo com os mais jovens em trocas intergeracionais, a partir de sua longa experiência de vida.
O estudo do Sarah visa entender o funcionamento mental dos idosos com supercérebros e apontar os caminhos que os levaram a esse alto desempenho. São pessoas com 80 anos ou mais, às vezes com idade superior a 100 anos, que conservam alta performance neuropsicológica, grande capacidade de memória, planejamento, fluência verbal e expressão de linguagem.
"Eles podem apresentar desempenho semelhante ou superior a de pessoas na faixa de 40 a 50 anos em testes neuropsicológicos. Os primeiros testes já começaram a ser realizados com um grupo de voluntários. Eles estão fazendo exames de neuroimagem e testes detalhados para ajudar a desvendar o funcionamento e a conectividade cerebral", explica a presidente da Rede Sarah, Lúcia Willadino Braga.
Com o envelhecimento acelerado da população e a queda na taxa de natalidade, iniciativas como da Rede Sarah podem apontar caminhos que vão garantir vidas mais longevas, com saúde e produtividade. O número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em 12 anos. De acordo com IBGE, há cerca de 22 milhões de idosos no país. No Censo 2010, essa faixa etária representava 7,4% de todos os moradores do país. Já em 2022, elas são 10,9%. Os dados foram divulgados em outubro passado.
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Superidosos: pessoas ativas, com grande reserva cognitiva, que continuam interagindo muito bem socialmente - Foto: Centre for Ageing Better na Unsplash / Reprodução
