06/08/2023 às 14h15min - Atualizada em 06/08/2023 às 14h15min
Frente para o ‘protagonismo’ do Sul-Sudeste de Zema quer direita unida contra a esquerda
“Além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, queremos protagonismo político''
Célio Yano
GAZETA DO POVO
Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). - Foto: Josiane Gonçalves/ Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais / Reprodução A entrevista do governador Romeu Zema (Novo) ao Estadão continua repercutindo nas redes sociais. Em publicações que criticam a fala do chefe do Executivo – que defendeu o fortalecimento do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud) contra os estados do Norte e do Nordeste – o Twitter tem informado ao usuário que houve um “erro” no primeiro título publicado pelo jornal. “É falso que o grupo proposto Sul-Sudeste tenha sido criado para ser ‘contra o Nordeste’. A manchete do Estadão exibida na imagem foi atualizada por eles após perceberem o erro”, alega a nota exibida pela empresa de Elon Musk.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que, pela primeira vez, estados do Sul e do Sudeste atuarão em bloco no Congresso para evitar perdas econômicas. Os governadores das unidades federativas das duas regiões estão organizados no Consórcio Sul-Sudeste (Cosud), atualmente presidido por Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.
“A cada 90 dias, nós nos encontramos para trabalharmos de forma conjunta. A última reunião foi em Belo Horizonte. Tem muita coisa que um estado faz melhor que o outro”, afirmou. “Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político.”
“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos”, declarou.
Uma das primeiras ações do grupo nesse sentido foi durante a votação da proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados. O texto original previa um conselho federativo para gerir o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) com representação igualitária de cada estado. “Nós falamos ‘não, senhor’. Nós queremos proporcional à população. Por que sete estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam”, disse o governador de Minas Gerais.
“Pela primeira vez, um dia antes da reforma tributária ser votada, nós convidamos todos os 256 deputados federais (metade da Câmara dos Deputados) do Sul e do Sudeste. Os do Norte e Nordeste estão muito na nossa frente.”
As reuniões do Cosud já ocorrem desde 2019, mas a entidade foi formalizada oficialmente em junho, durante encontro em Belo Horizonte. “Não é mais um grupo informal, tem CNPJ e vamos ter um escritório de representação em Brasília”, explicou.
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