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12/07/2023 às 00h01min - Atualizada em 12/07/2023 às 00h01min

Amiga de torcedora do Palmeiras morta relata momentos antes de confusão

Rafaela contou que Gabriela Anelli estava feliz e se divertia momentos antes da briga na entrada do estádio começar

G1
Gabriela Anelli, 23 anos, torcedora ferida em confusão no jogo Palmeiras x Flamengo. Foto: Arquivo pessoal / Reprodução
Rafaela, amiga da jovem Gabriela Anelli, de 23 anos e que morreu após ser atingida por uma garrafa de vidro, relatou no programa Encontro, da TV Globo, que o grupo de amigos que estava para ver a partida entre Palmeiras e Flamengo estava se divertindo antes da confusão. "Eu, ela e o Iuri, a gente era o nosso trio, a gente era irmãos. Naquele dia, eu ia um pouco mais tarde, ela acabou indo um pouco mais cedo e os dois ficaram mandando vídeos pra mim, se divertindo".

"Eu tinha subido diretamente pro Allianz Parque. A briga foi do outro lado do estádio, na praça Padre Antônio Tomaz, aquele setor é setor de família, só gente que tem dinheiro vai pra aquele setor e também o setor visitante. Então o policiamento sempre foi rígido, só que naquele momento não teve", afirmou. Rafaela disse que a confusão ocorreu muito rapidamente. Logo após ver a polícia no local, foi informada por amigos que Gabriela tinha sido atingida. Na sequência, recebeu uma ligação de Iuri, que era quem estava ao lado da jovem no momento em que ela foi ferida.

"Eu fiquei sabendo porque alguns amigos pegaram e desceram para ficar com a gente, houve uma correria de alguns amigos meus, que chegaram pra gente e falaram: 'A Anelli foi atingida”." Segundo Rafaela, Gabriela se organizava financeiramente para conseguir viajar e ver o Palmeiras jogar até fora do país. Ela fez uma rifa para conseguir acompanhar o time em uma partida no Paraguai. Além do Palmeiras, outra paixão da torcedora era a cachorrinha.

"Ela também era apaixonada pela Sininho, não posso esquecer a cachorrinha dela. Ela sempre foi essa pessoa maravilhosa. Eu daria de tudo para estar com ela de novo." Rafaela relata que foi a última amiga a abraçar Gabriela antes dela falecer. "Quando eu vi ela, ela estava deitada no hospital. Por ter sido a última pessoa, a última amiga que ela abraçou, que ela viu na UTI, isso mexe muito comigo."

O corpo da palmeirense Gabriela é velado na manhã desta terça-feira (11) em Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. A cerimônia começou às 6:00. A avó de Gabi, dona Joana Anelli, de 68 anos, contou com carinho quando a palmeirense ligava para ela e pedia para fazer bolinho de chuva. As duas moravam distantes duas quadras uma da outra. "Ela perguntava: 'vó, até quando você vai me chamar de bebezinha?'. E eu dizia que ela seria minha bebezinha pra sempre", relembra.

O relato da avó Joana aconteceu depois de uma oração, por volta de 8:45. Um religioso leu versículos bíblicos e agradeceu a Deus pela passagem de Gabi na terra. Ao fim, todos aplaudiram em homenagem. No local, familiares, amigos e torcedores do Palmeiras prestaram suas homenagens. Alguns grupos de torcedores enviaram coroas de flores.

Familiares da jovem contaram que profissionais de saúde que estavam em uma ambulância do estádio ajudaram a socorrê-la. Depois, Gabriela foi levada à Santa Casa, no Centro da capital paulista, onde faleceu na manhã desta segunda. A briga ocorreu na rua Padre Antônio Tomaz. A rua concentra bares de palmeirenses que se reúnem para assistir aos jogos na arena.

Gabriela era frequentadora assídua do Allianz Parque e costumava ir ao local com os pais. Segundo seu pai Ettore Amarchiano Neto, o Palmeiras era a vida dela. "A diversão dela era praticamente essa. Aos finais de semana, as viagens que ela fazia. Foi a forma que ela se encontrou. Tem meninas da idade dela que gostam de ir em baile funk, gostam de ir para sertanejo, ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa. Palmeiras, e a torcida. Era isso", disse.

Segundo a mãe, Gabriela já tinha passado por cirurgias e superado diversos problemas de saúde ao longo da vida. "Não foi o problema de saúde que ela tinha que matou ela, foi uma garrafa que cortou a jugular dela", disse Dilcilene Prado Anelle dos Santos. Os dois também estavam no estádio e só souberam do ocorrido quando a filha estava na Santa Casa.

"Nós participamos do jogo também, estávamos aguardando por ela porque a gente ficou junto com a Mancha, só que ela não chegou a entrar no estádio. Eu fiquei sabendo quando acabou o jogo, porque não tinha sinal de celular lá dentro, uma ligação. Nisso, ela já tinha sido operada, já estava descendo pra UTI."

A Polícia Civil de São Paulo prendeu e indiciou por homicídio doloso consumado Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, suspeito de ter lançado a garrafa que matou Gabriela. O delegado do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), César Saad, disse nesta segunda-feira (10) que a Justiça decretou a prisão preventiva do torcedor do Flamengo.

Segundo Saad, o agressor assumiu o risco de matar e, por isso, responderá por homicídio doloso. Ele é do Rio de Janeiro, estava na capital para acompanhar a partida e não tinha passagem pela polícia. "Ele arremessou uma garrafa, ele sabia que podia atingir o resultado morte e foi o que aconteceu".

O delegado também afirmou que a polícia tenta localizar outros envolvidos na confusão e busca por imagens que tenham registrado o exato momento em que a garrafa é atirada. "Temos diversas imagens de celular, estamos utilizando sistema de reconhecimento facial para que outros integrantes de torcidas e de outras pessoas que estavam na briga sejam identificadas."

Em depoimento à Polícia Civil, Santiago negou ter jogado uma garrafa em direção aos palmeirenses. Segundo ele, o que lançou na direção dos outros torcedores foram pedras de gelo. "O interrogado informa que em suas mãos tinha algumas pedras de gelo, as quais chegou a usar para revide, mas essas eram muito pequenas e sequer atingiram a barreira", diz documento da Polícia Civil.

Felipe Marchiano, irmão de Gabriela, afirmou que a jovem foi operada na noite do próprio sábado e que teve duas paradas cardíacas durante o procedimento, além de problemas respiratórios. "O ferimento dela foi na região do pescoço, onde atingiu uma artéria. Ela foi operada e teve duas paradas cardíacas e um problema pulmonar", contou Marchiano.

Felipe viajou do Paraná para São Paulo, no domingo, para acompanhar Gabriela no hospital. "Só desejo que justiça seja feita. Um ser humano com pouco de miolo na cabeça não faria uma coisa dessa. Não só minha irmã, poderia acertar criança, uma mulher grávida, etc", lamenta.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a jovem foi atingida por uma garrafa de vidro e encaminhada em estado grave ao hospital. Outra pessoa também ficou ferida, e um homem suspeito de lançar garrafas durante a briga foi preso em flagrante. Foram ao menos duas confusões envolvendo torcedores dos dois times. A primeira vitimou Gabriela e ocorreu na Rua Padre Tomás por volta de 18:00.

Uma segunda confusão teve início na Rua Caraíbas, do outro lado do estádio e próximo ao portão "A" do estádio, após palmeirenses identificarem dois torcedores do Flamengo no local. De acordo com a SSP, palmeirenses passaram a perseguir os torcedores rivais para agredi-los. Com a ação da PM, o gás foi levado pelo vento para dentro do estádio, o que fez com que parte dos jogadores fossem atingidos pelos efeitos do gás. A partida de futebol foi interrompida em dois momentos.

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