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09/10/2022 às 07h40min - Atualizada em 09/10/2022 às 07h40min

​Círio de Nazaré: a grande procissão retorna às ruas de Belém do Pará após dois anos

A Imagem foi achada em 1700, pelo caboclo Plácido. Dois milhões de pessoas são esperadas

G1
Círio de Nazaré 2022: imagem de Nossa Senhora na berlinda — Foto: Ascom Basílica Santuário de Nazaré
Neste domingo (9), é celebrada a grande procissão da 230ª edição do Círio de Nazaré, em Belém, para homenagear a padroeira da Amazônia, Nossa Senhora de Nazaré. O tema deste ano é “Maria, Mãe e Mestra” e nos convida a refletir sobre os ensinamentos de Maria para a evangelização.

A romaria sai da Catedral de Belém com destino à Basílica Santuário, erguida no mesmo local em que a Imagem foi achada em 1700, pelo caboclo Plácido. Percorre o Centro Histórico de Belém e alguns dos principais monumentos representativos da história da cidade, como o Ver-o-Peso, Estação das Docas, Praça da República, entre outros. São em torno de seis horas, num percurso de 3,600 Km, em que mais de dois milhões de pessoas devem caminhar em oração, devoção e agradecimento.

O Círio é o momento para entender o mistério do “sim” de Maria, um dos eventos fundamentais para a Igreja, que convida multidões à comunhão com Jesus. As manifestações marianas estão espalhadas pelo mundo com o propósito de anunciar o Evangelho. Entre as manifestações está o Círio de Nazaré, a festa da Rainha da Amazônia, celebrada desde o dia 8 de setembro de 1793. Passando a ser realizado no segundo domingo de outubro de 1901.

Relatos apontam que o caboclo Plácido encontrou a imagem de Nossa Senhora em uma bifurcação de um taperebazeiro (árvore do taperebá). Ele a levara para sua casa e a colocara em um pequeno altar de miriti, onde estavam um crucifixo e outras imagens de santos de sua devoção. No dia seguinte, a imagem teria sumido. Ao retornar ao local do achado, percebeu que ela se encontrava no mesmo lugar do dia anterior. O fato repetiu-se durante alguns dias e a notícia do “desaparecimento” se espalhou, provocando a intervenção das autoridades civis e eclesiásticas, fazendo com que fosse levada para o Palácio do Governo, para o Paço Episcopal e à recém-erguida Catedral, de onde ela também sumiu, sendo encontrada no mesmo local de origem. Por conta dos desaparecimentos, Plácido teria entendido que a imagem deveria ficar no local onde fora encontrada e ali construiu uma ermida para abrigá-la. O local do achado é onde hoje se encontra a majestosa Basílica Santuário.

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