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02/10/2022 às 07h21min - Atualizada em 02/10/2022 às 07h21min

É hoje: mais de 156 milhões de eleitores vão às urnas a partir das 8:00 deste domingo

Brasileiros poderão escolher seus representantes pelos próximos quatro anos; votação vai até as 17:00

Danilo Moliterno
CNN
Eleitores votam para deputado estadual ou distrital, deputado federal, senador, governador e presidente. - Imagem: TSE / Divulgação
Comícios, caminhadas, reuniões, entrevistas, lives, debates. Foram 46 dias de campanha nos quais os candidatos que disputam as eleições de 2022 passaram por maratonas para conquistar eleitores. Neste domingo (2), a partir das 8h (horário de Brasília), mais de 156 milhões de eleitores brasileiros poderão escolher seus representantes nas urnas.

A eleição presidencial tem 11 candidatos. Contudo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) concentram a maior parte das preferências, segundo as pesquisas de intenção de voto.

Desde o início oficial das campanhas, em 16 de agosto, o petista aparece à frente, seguido pelo candidato à reeleição. Segundo o agregador de pesquisas CNN/Locomotiva, Lula tem 48%, e Bolsonaro, 34%. Durante as seis semanas, os demais postulantes não conseguiram ultrapassar dois dígitos nas intenções de voto.

Nas urnas, o último a ser escolhido será o presidente. A votação segue a ordem: deputado federal, deputado estadual, senador, governador e, finalmente, presidente.

A principal indefinição para o pleito presidencial é se haverá ou não segundo turno. Algumas pesquisas indicam que Lula poderá receber mais da metade dos votos válidos neste domingo; outras, que será necessária uma nova rodada de votação.Por isso, a campanha do petista reforçou nas últimas semanas sua estratégia para conquistar o chamado “voto útil”.

A campanha de Bolsonaro, por outro lado, aposta em aumentar a rejeição ao adversário e ao PT para levar as eleições ao segundo turno. O presidente intensificou suas críticas a Lula nas últimas semanas com este objetivo.

Ciro também tem criticado tanto Lula quanto Bolsonaro, dizendo que os dois representam o mesmo modelo econômico, mas viu suas intenções de voto diminuírem durante a campanha; Tebet foi bem avaliada nos debates eleitorais, mas nas pesquisas não conseguiu superar Ciro e encostar nos dois líderes.

As disputas estaduais
Os brasileiros também vão às urnas para escolher os governadores de seus estados. As pesquisas de intenções de voto, porém, projetam um cenário com baixo índice de renovação.

Ao todo, 20 dos 27 governadores (74%) concorrem à reeleição. Segundo pesquisas de intenções de voto, dez deles têm chances de vencer já no primeiro turno; outros nove estarão no segundo turno, caso as projeções se concretizem.

As eleições para governos também refletem a polarização. Em diversos estados, os candidatos de Lula e Bolsonaro encabeçam a disputa. É o caso de dois dos maiores colégios eleitorais do país: em São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) lideram; no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB) estão à frente.

A disputa pelo Congresso é menos previsível em termos de renovação. No Senado, um terço das cadeiras (27) estão em disputa. Os titulares de 13 delas (48%) buscam a reeleição neste ano.

Já na Câmara dos Deputados, 455 dos 513 parlamentares (88%) em fim de mandato tentam permanecer no cargo. Por outro lado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 10.467 candidaturas para a Casa — o maior número desde a redemocratização.

A Justiça Eleitoral recebeu mais de 29 mil pedidos de registros para as eleições de outubro. A maior parte deles (16 mil) foi de candidatos a deputado estadual.

Para a Câmara dos Deputados e as Assembleias Legislativas, diversas siglas apostam em nomes identificados com os presidenciáveis como “puxadores de votos”.

Projeções de renovação não tratam apenas da aparição de “caras novas”, mas também de “caras diferentes”. Segundo dados do TSE, as eleições deste ano registraram um recorde de candidaturas de pessoas negras e mulheres.

Dentre as candidaturas registradas, 50,2% foram de pessoas negras — é a primeira eleição em que há mais negros do que brancos (48,2%). Já as mulheres são 34% dos postulantes.

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