14/09/2022 às 09h12min - Atualizada em 14/09/2022 às 09h12min
TSE acata sugestão das Forças Armadas e aprova teste de biometria nas urnas
Entre 32 e 64 urnas utilizadas em no mínimo cinco estados e Distrito Federal passarão por um projeto piloto
Gabriel Hirabahasi / Thais Arbex
CNN
Entre 32 e 64 urnas utilizadas em no mínimo cinco estados e Distrito Federal passarão por um projeto piloto - Imagem: Ilustrativa / Reprodução CNN O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nesta terça-feira (13), por unanimidade, uma resolução que institui um projeto piloto de um teste de biometria em algumas urnas durante as eleições deste ano. O projeto, de autoria do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, prevê que uma parte das urnas que serão submetidas ao teste de integridade passem por um projeto piloto com biometria.
O teste de integridade é uma das etapas de auditoria realizadas no pleito. O teste simula uma votação normal e leva em consideração as circunstâncias que podem ocorrer durante o pleito. Serão 640 urnas submetidas ao teste de integridade. Deste total, um percentual de 5% a 10% será usado nesse projeto piloto de teste de biometria. Serão de 32 a 64 urnas utilizadas em no mínimo cinco estados e Distrito Federal. A Presidência é quem definirá, a depender de questões logísticas e financeiras.
Esse teste de biometria é um dos pontos que vinha sendo discutido por Moraes e pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. A ideia surgiu a partir de uma proposta dos militares. O tema seria discutido por Moraes e por Nogueira nesta terça (13) em reunião no TSE. O encontro, porém, foi cancelado.
Hoje, os testes são realizados nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no mesmo dia da eleição, e são acompanhados por empresa de auditoria externa. O objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento. Neste ano, o TSE ampliou de 100 para 640 o número de urnas testadas no dia da eleição.
A proposta dos militares é que os testes sejam realizados nas seções eleitorais e com a participação de eleitores reais, que usarão a biometria para destravar as urnas que serão testadas. De acordo com os técnicos das Forças Armadas, a participação dos eleitores é fundamental para garantir maior segurança do sistema de votação.
Depois de as urnas serem destravadas por meio da biometria, o teste segue o método utilizado pelo TSE desde 2002. Ou seja, o restante do processo de aferição do equipamento, com uma votação simulada, será feito pelas equipes da Justiça Eleitoral, como acontece anualmente.
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