12/07/2022 às 00h01min - Atualizada em 12/07/2022 às 00h01min
Mãe do policial penal culpa o extremismo pelo ocorrido na festa do petista morto
Dalvalice Rosa disse que a intolerância política motivou o filho a matar Marcelo Arruda no Paraná
Don Carlos Leal
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Jorge Guaranho matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, no Paraná - Imagem: Reprodução A mãe do policial penal afirmou que o filho tocou músicas de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto fazia uma ronda de carro pelo clube, do qual ele seria sócio. Do banco de trás, a mulher do bolsonarista teria pedido ao marido para que parasse com as provocações e fosse embora. Eles deixaram o local após Arruda jogar pedras no veículo de Guaranho, que reagiu apontando uma arma em direção ao guarda municipal petista.
Mãe de Jorge José da Rocha Guaranho, a comerciante Dalvalice Rosa diz acreditar que a intolerância política foi o que motivou o filho a matar a tiros o guarda municipal Marcelo Aloizio Arruda na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu (PR). "Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia", afirmou Dalvalice.
"Se eu estivesse lá, teria tentado impedir que isso acontecesse. Mal consigo imaginar a dor da outra família. Não se discute sobre religião, futebol, e politica... Ninguém ganhou nada com essa provocação, só houve perdedores", afirma a mãe do bolsonarista.
Dalvalice afirmou que o filho foi atingido no rosto e nas duas pernas. De acordo com ela, o policial penal sofreu ainda um edema na cabeça provocado por chutes desferidos por homens presentes no local em que ele havia disparado contra Arruda. A Polícia Civil investiga se as agressões contribuíram para a gravidade do estado de Guaranho.
O governo do Paraná informou na manhã de hoje a saída da delegada Iane Cardoso do comando da investigação sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda. Ela foi substituída pela delegada Camila Cecconello, que chefia a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, sediada em Curitiba (PR). A mudança ocorreu depois de a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) dizer ter recebido relatos de que Iane Cardoso fez postagens contra o PT em 2016.
O Ministério Público informou que tanto a arma de Guaranho quanto a de Arruda eram institucionais, ou seja, de uso ligado à profissão. O órgão afirmou que apura se o crime teve motivação política. Para o promotor do caso, a investigação deve ser "de fácil resolução", mas é preciso esclarecer a razão pela qual Guaranho estava no local. De acordo com o MP, o agente seria membro de uma associação na região, vizinha de onde aconteceu o caso.
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