23/05/2022 às 20h24min - Atualizada em 23/05/2022 às 20h24min
90% das vítimas de feminicídio são mortas por companheiros ou ex-companheiros
EXSemana passada o corpo de Marina Paz Katriny foi queimado pelo namorado no DF
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/05/23/mulher-encontrada-parcialmente-queimada-foi-morta-por-namorado-diz-policia-do-df.ghtml
Marina Paz Katriny, de 30 anos, foi encontrada com corpo parcialmente queimado, na BR-070, no DF - Foto: Arquivo pessoal A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta segunda-feira (23), o suspeito de matar Marina Paz Katriny, de 30 anos. De acordo com a investigação, o homem era namorado da vítima. A identidade dele não foi divulgada e mais informações devem ser repassadas em entrevista coletiva. O corpo de Marina Paz foi encontrado parcialmente queimado, próximo a uma estrada de terra, na BR-070, em Taguatinga, na última quarta-feira (18). A vítima era natural de Rio Branco, no Acre, e morava em Brasília há seis anos.
O caso é investigado pela 17ª Delegacia de Polícia e foi registrado como feminicídio. Segundo o delegado Mauro Aguiar Machado, durante o interrogatório, o homem confessou que matou a namorada e detalhou o crime.
Marina foi enterrada no domingo (22), em Rio Branco. Segundo a família, ela era formada em pedagogia e pós-graduada em ensino especial e se mudou para Brasília em busca de mais oportunidades. Antes de morrer, ela trabalhava com atendimento ao público em uma loja de shopping. A amiga de infância da vítima, Vanessa Bessa, denunciou que há cerca de duas semanas, a vítima havia passado pelo trauma de perder um bebê. A família conta que ela estava no início da gravidez, cerca de 4 semanas, e descobriu que era uma gravidez ectópica. “Inclusive perdeu um bebê há pouco tempo. Quando foi na primeira consulta para ver como estava o bebê descobriu que a gravidez era nas trompas, então ainda estava se recuperando dessa perda. Mas, pensava ainda em engravidar, disse que não tinha desistido disso”, revela.
Crime
O corpo da vítima foi encontrado por um homem que passeava com o cachorro no local, e acionou o Corpo de Bombeiros do DF. Marina estava vestida e não apresentava ferimentos aparentes, mas tinha parte do rosto e do tórax queimados. A identificação foi feita por familiares e confirmada pela Polícia Civil do DF (PCDF) dois dias depois. Segundo a corporação, os parentes reconheceram tatuagens da vítima, após a divulgação de fotos. Nas redes sociais, uma das irmãs de Marina lamentou a morte da "caçulinha". "Pai recebe minha irmã. Queria estar fazendo dedicatória de aniversário", escreveu (veja abaixo).
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