Nova modalidade de tatuagem reparadora eleva a autoestima das pessoas

A tatuadora Luciana Martins afirma que usa a técnica para mudar a vida do próximo

Tatuagem reparadora - Foto: Reprodução / Redes Sociais

As tatuagens sempre foram símbolo de autenticidade. Mas, com o passar do tempo, elas ganharam novos significados e, um desses, é o de restaurar a autoestima das pessoas através das tatuagens reparadoras. Proprietária do ‘Lu Tatto Studio’, na Zona Sul de Teresina, Luciana já faz tatuagens há dez anos e se especializou em tatuagens reparadoras. Essa especialidade consiste em refazer tatuagens a aréola, ou a mama que foi perdida, no caso de um câncer, alterada em algum procedimento estético, entre outras situações.

“A cicatriz em aréola é mais comum do que as pessoas imaginam. Só que é um problema tão íntimo, de cunho tão pessoal, e que afeta tanto a auto estima das pessoas, que elas não se manifestam. Tem gente que nasce com alteração na aréola, às vezes é diferente, assimétrica, tem pessoas que não tem. Essa aréola também pode ser prejudicada por cirurgias, seja masculina ou feminina, porque tem mastectomia masculina. E a tatuagem reparadora serve justamente para recuperar, deixar ela com aspecto mais natural, revitalizar a cor.” Explica Luciana sobre as tatuagens reparadoras.

A tatuadora também cobre cicatrizes e desenhos antigos que podem, de alguma forma, incomodar ou trazer recordações de momentos dolorosos. Luciana afirma que seu trabalho é um exemplo de ressignificação pessoal. “Só quem tem aquilo ali em si e carrega algum desenho que não lhe faz bem, sabe o mal que aquilo faz. Então quando a gente cobre já dá uma ressignificação na vida daquela pessoa. Seja qual for o procedimento que eu faço, quando o cliente se olha no espelho e se vê de uma forma diferente, é muito gratificante, eu vi que eu realmente consegui alcançar o meu objetivo.” Relata a artista.

Além disso, os relatos de satisfação são os mais diversos possíveis. Como tatuadora, Luciana usa seu trabalho para mudar vidas. “Não é só pela tatuagem, a partir dali a vida daquela pessoa muda. Ela já ganha uma auto confiança, ela já fica mais à vontade para ficar sem roupa, ela já olha pra ela de outra maneira. Então é esse o papel que eu assumo, de usar a tatuagem para mudar a vida de outras pessoas.”

Entretanto, alguns empecilhos a impedem de divulgar ainda mais seu trabalho nas redes. Luciana conta que também já procurou apoio de algumas instituições, mas sem sucesso. “Eu já fiquei bloqueada meses por conta de nudez e atividade sexual, nas redes sociais. Me cortam e eu não consigo fazer essa divulgação.” Desabafa a profissional.

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