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05/12/2021 às 17h25min - Atualizada em 05/12/2021 às 17h25min

Empresa de Rio dos Cedros produz máscaras que matam variante Delta e faturam R$ 30 milhões

A Phitta Mask é usada em empresas como Nestlé e Siemens e já gerou economia de 1 milhão de máscaras

Mariana Desidério
https://exame.com/pme/brasileiros-mascara-variante-delta-e-faturam-r-30-milhoes/
Sérgio Bertucci, fundador da Phitta: máscara inativa o coronavírus e pode ser usada por 12 horas (Golden Technology/Divulgação)
A empresa brasileira Phitta criou uma máscara cirúrgica com tecnologia própria que mata o vírus da covid-19 e é eficaz contra a variante Delta. A máscara foi batizada de Phitta Mask. Enquanto as máscaras cirúrgicas comuns devem ser trocadas a cada 2 ou 3 horas, a Phitta pode ser usada durante 12 horas. Criada em meio à pandemia, a empresa viu seu faturamento saltar de 1,2 milhão de reais em 2020 para 30 milhões de reais em 2021. “É uma tecnologia brasileira, desenvolvida aqui. Estamos conversando com outros países e vamos começar a exportar”, afirma o fundador Sérgio Bertucci.

O empresário atuava no ramo têxtil em São Paulo e tinha entre seus parceiros uma empresa que fornecia produtos para evitar sujeira em uniformes de hospitais. Quando chegou a pandemia, Bertucci contatou seu parceiro perguntando se ele teria alguma solução que pudesse matar o vírus da covid. “Ele tinha um produto que estava sendo desenvolvido para o ramo odontológico. Resolvemos testá-lo contra a covid e funcionou”, conta.

O produto é um princípio ativo denominado Phtalox, que age como uma “água oxigenada”: a substância interage com o oxigênio no tecido, tornando-o mais reativo, o que faz com que ele oxide o vírus. Os testes, realizados pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), mostraram que a máscara com Phtalox tem 99% de eficácia na eliminação das variantes Delta, P1 e P2 do coronavírus. Mostraram ainda que o produto não é tóxico para o ser humano. A companhia vai realizar testes para verificar a eficácia da máscara contra a variante Ômicron.

Com os testes feitos, o empreendedor foi em busca de maneiras de produzir a máscara em larga escala. Junto com outros dois sócios, investiu 5 milhões de reais para colocar o negócio de pé. A sede da empresa fica em Rio dos Cedros (SC). O produto começou a ser vendido em outubro de 2020. De lá para cá, a empresa cresceu rapidamente. Começou produzindo 1 milhão de máscaras por mês, e hoje produz 6 milhões de unidades. O número de funcionários foi de 7 para 75 em pouco mais de um ano.

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