09/07/2021 às 23h12min - Atualizada em 09/07/2021 às 23h12min
Bolsonaro diz que não haverá eleição em 2022, se o voto impresso não for implementado
O presidente vem defendendo há meses a necessidade da inclusão do voto impresso no sistema eleitoral brasileiro
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/05/4922790-bolsonaro-diz-que-sem-voto-impresso-nao-tem-eleicao-em-2022.html
Presidente Jair Bolsonaro: "Ou fazemos eleições limpas ano que vem, ou não teremos eleições" - FOTO: Reprodução/Youtube Em declarações na noite desta quinta-feira (6/5), o presidente Jair Bolsonaro chamou o Brasil de "republiqueta" por realizar eleições por meio eletrônico. Disse ainda que, se o Congresso aprovar voto impresso, esta será a maneira de realização das eleições de 2022, ou "não terá eleição". O chefe do Executivo atacou ainda o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro afirmou que nas próximas eleições deve ser adotado o modelo de voto impresso. A hipótese é rechaçada por ministros do TSE, que alegam o alto custo da operação e defendem a segurança do sistema eletrônico de votação. O chefe do Executivo disse que, se aprovada no Congresso, a medida será aplicada. “Ele é o dono do mundo, o Barroso. Ninguém mais aceita esse voto que tá aí. A única republiqueta do mundo que aceita isso daí é a nossa. Se o parlamento brasileiro aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Se não tiver voto impresso, não vai ter eleição”, disse Bolsonaro.
Além de defender o voto impresso, o presidente voltou a dizer que pode editar um decreto para impedir a aplicação de restrições de circulação por governadores e prefeitos. De acordo com ele, caso o decreto seja publicado, o STF não poderá revogar. “Esse decreto, o Supremo não pode contestar. O Supremo é defensor da Constituição. Se eu baixar o decreto, será cumprido. Todos os ministros vão cumprir. O artigo 5º da Constituição está nas cláusulas pétreas", disse. “Será que está na hora de eu baixar o decreto, garantir o direito de ir e vir do cidadão, direito de trabalho, direito de culto? Se for necessário, nós vamos fazer isso dai”, completou o presidente. O Supremo não se manifestou sobre as declarações.
Bolsonaro tem defendido a adoção da impressão do voto para as urnas eletrônicas. Entretanto, a proposta não tem tido amplo apoio no Congresso inclusive de partidos da sua base.
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