26/01/2021 às 12h26min - Atualizada em 26/01/2021 às 12h26min
Como ser um doador de órgãos em vida e após a morte?
O CRM-SC esclarece!
https://www.crmsc.org.br/campanhadoacao/
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REPRODUÇÃO O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) abraça a causa que faz parte da rotina de pessoas que vivem a angústia de esperar por um órgão que pode salvar a sua vida. O CRM-SC vai levar informação e alertar a sociedade para a importância de se declarar doador, de seus parentes respeitarem esta decisão, e mostrar ao médico seu papel nesta campanha diante de seus pacientes.
Em vida: um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão (situações excepcionais), parte do pâncreas (situações excepcionais) e medula óssea.
Após a morte: coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões.
Quem pode doar: o doador vivo é qualquer pessoa saudável e juridicamente capaz, que concorde com a doação, sem que haja comprometimento de sua própria saúde. O candidato passa por uma série de exames físicos e psicológicos para atestar se está apto a ser um doador. É necessário ter autorização judicial para doar, exceto em casos de parentes até quarto grau ou cônjuges. No caso de medula óssea, o candidato deve cadastrar-se no Banco de Doadores do seu Estado e será consultado sobre a doação caso seja compatível com algum receptor. Não é preciso fazer registro em cartório ou no documento de identidade, basta comunicar o desejo à família. Apenas ela pode autorizar a doação, após a confirmação da morte encefálica
Riscos: ao manifestar o desejo de ser doador em vida, o candidato recebe informações sobre os riscos do procedimento à sua saúde e assina um termo em que afirma estar ciente de possíveis complicações em decorrência da cirurgia, conforme explica o médico Paulo Chapchap, coordenador do programa de transplantes de fígado e superintendente de estratégia corporativa do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP).
Morte cerebral ou encefálica: a morte encefálica é a incapacidade do cérebro de manter as funções vitais do organismo, e o estado clínico é irreversível. Para não haver dúvidas, existe um rígido protocolo para o diagnóstico. Dois médicos de áreas diferentes – um neurologista e um neurocirurgião – examinam o paciente, que é submetido também a um exame complementar que confirme os testes clínicos.
Como funciona a doação após a morte: a família assina o termo de compromisso, que é enviado à SC Transplantes, e o transporte do material começa a ser providenciado. Ao mesmo tempo, o doador é submetido a exames, e os resultados são cruzados com dados da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO/SC) para a definição do receptor do órgão. O receptor é informado sobre a disponibilidade do órgão, além das condições clínicas e faixa etária do doador. A identidade nunca é revelada. O receptor declara se aceita a cirurgia. Em caso negativo, o próximo da lista é contatado. Com a definição do receptor, os órgãos são retirados pela equipe de transplante. O procedimento é uma cirurgia como outra qualquer, e o doador terá o corpo recomposto, sem mutilações. A logística do transporte precisa ser rápida e eficiente, pois os órgãos têm pouco tempo de sobrevida após serem retirados do corpo do doador. O transporte aéreo é feito por aviões das polícias Civil e Militar, Bombeiros, Samu, táxi aéreo ou até mesmo voos comerciais, conforme a disponibilidade no momento. O receptor é encaminhado com antecedência para o hospital, para ser preparado para a cirurgia do transplante.
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https://www.crmsc.org.br/campanhadoacao/