13/03/2021 às 06h30min - Atualizada em 13/03/2021 às 06h30min
Governador culpa festas clandestinas pela situação em SC!
E diz que fechamentos de atividades devem ser regionalizados.
https://g1.globo.com/sc/santa - catarina/noticia/2021/03/11/covid
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2021/03/11/covid-19-governador-culpa-festas-clandestinas-pela-situacao-em-sc-e-diz-que-fechamentos-de-atividades-devem-ser-regionalizados.ghtml
Rua do Centro do Florianópolis no início da pandemia, após fechamento de serviços não essenciais; MPSC pediu nova suspensão de serviços — Foto: Diorgenes Pandini/NSC O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), culpou as festas clandestinas e a negligência a protocolos sanitários pela situação sanitária com avanço do coronavírus.Afirmações ocorreram em reunião virtual do Senado, onde Carlos Moisés também falou de 'pressão' por fechamento de serviços. MPSC e Defensoria Pública entraram na Justiça para que estado tenha restrições por ao menos 14 dias seguidos e Fiesc e Fecomércio pedem 'garantia de atividades'.
Nesta quinta-feira (11), em reunião virtual da Comissão Temporária Covid-19 do Senado Federal, ele ainda disse que o Estado sofre "pressão" para fechamento total das atividades e defendeu que isso ocorra sendo organizado pelas prefeituras. Ele também destacou que o estado catarinense "não parou" durante a pandemia. "O que nós percebemos que esses movimentos ultra transmissores, como são as festas, trouxeram um perfil diferenciado pra esse vírus e, de certo modo, assusta o que está acontecendo hoje, e ao mesmo tempo, temos uma pressão, de universidades, de alguns atores de universidades, do Ministério Público e de Tribunais de Contas para o fechamento total, pra um lockdown. O que a gente percebe que as atividades, esse fechamento total, ele acaba penalizando as atividades que são regradas, aquelas que de fato não impactam na transmissão do vírus tanto quanto as aglomerações clandestinas", disse. Atualmente, não é permitido o funcionamento de atividades não essenciais entre a noite de sexta-feira e manhã de segunda-feira e há limite de público em estabelecimentos em dias úteis, até 19 de março, e proibição de comercialização e consumo de bebidas alcoólicas, no local da venda, à noite. Na quarta-feira (10), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a Defensoria Pública do Estado (DPE) entraram com uma ação civil para que o governo estenda as restrições adotadas aos fins de semana por ao menos 14 dias seguidos. Até o início da tarde, o Estado não tinha sido notificado.
Ministério Público e Defensoria Pública Estadual pedem mais restrições em SC
Nesta quinta-feira (11), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) e a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) entraram Justiça com pedido para ingressar na qualidade de “terceiro interessado” na ação do MPSC e Defensoria. As entidades pedem a "continuidade da atividade econômica" e "garantia da atividade do setor produtivo". A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Florianópolis e outras entidades do setor também emitiram notas em apoio ao Estado e repudiando a ação que pede mais restrições. Segundo Moisés, fechamentos regionalizados podem ocorrer, mas sendo organizados pelas próprias prefeituras. Algumas cidades catarinenses do Oeste, Serra e do Norte anunciaram nos últimos dias regras sanitárias mais rígidas que as restrições anunciadas pelo estado, que incluem toque de recolher e multa, por exemplo. "O Estado vem adotando medidas com foco, na verdade, em não penalizar o trabalhador. Os fechamentos, eles podem ser adotados de forma regionalizada, como aconteceu em Chapecó e se preciso for em alguma outra região do estado, mas com movimentos articulados pelos prefeitos de todas as cidades", afirmou o governador.
Em Chapecó, serviços não essenciais foram fechados por duas semanas, mas reabriram na segunda (8), com registro de filas. Além da cobrança do MPSC, o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) também recomendou mais restrições. Uma nota conjunta assinada pelo Ministério Público Federal (MPF) e enviada ao Estado no fim de fevereiro fez a mesma solicitação. "É importante destacar que o problema principal não está mais nas atividades regradas pelo poder público. O que a gente percebeu é que se encontra nas aglomerações clandestinas", apontou o governador.
Atualmente, 500 policiais, segundo o governo, estão voltados exclusivamente para fiscalizações com objetivo de garantir cumprimento das regras sanitárias e impedir aglomerações.
Sobe para 419 número de pacientes à espera de UTI em SC; estado passa de 8,2 mil mortes
MP e Defensoria entram com ação para SC estender restrições contra Covid por 14 dias. Dados do governo na noite de quarta-feira (10) indicam que 419 pacientes da Covid-19 estavam na lista de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A taxa de ocupação em UTI SUS é de 96,25%. Até a noite de quarta, 711.953 casos foram confirmados e 38.109 pacientes seguiam em tratamento no estado. Desde o início da pandemia, 8,2 mil pessoas morreram em decorrências de complicações pela doença. Dessas mortes, 1.7 mil ocorreram nos últimos 55 dias. No entanto, Moisés diz que o estado se destaca no combate à pandemia. "Santa Catarina tem sido considerado por organismos nacionais e internacionais como um dos estados com maior eficiência no enfrentamento dessa crise, com a menor taxa de letalidade e nós entendemos que o momento é de união", disse. Segundo o governo, a taxa de letalidade pela Covid-19 em SC é de 1,16%.
Negligência a protocolos sanitários
Ao falar sobre o aumento de casos de Covid-19 em Santa Catarina, Moisés destacou também sobre "protocolos sanitários" que não são seguidos devidamente e comparou o aumento de casos e o colapso hospitalar na região de Chapecó à situação vivenciada em Manaus. "Assim que iniciou a vacinação, talvez começaram a negligenciar os protocolos sanitários e nós tivemos aqui, ficou muito claro o que aconteceu em Chapecó, talvez muito parecido o que aconteceu com Manaus, a variante do vírus predominantemente. Toda a região de Chapecó foi atingida com essa variante de alta transmissibilidade que os senhores tem detectado nos seus estados", afirmou Moisés.
Em Santa Catarina, há 17 casos da variante brasileira confirmados, incluindo em Chapecó. O uso de máscara é obrigatório e aglomerações proibidas. No entanto, nos últimos meses, houve flagrantes de festas irregulares, com aglomeração de pessoas, em diferentes regiões.
'Estado não parou'
Ainda em sua fala nesta quinta na reunião do Senado, Moisés afirmou ainda que Santa Catarina não parou sua produção durante a pandemia, que se mantém com a menor desocupação do Brasil e que "cresce mais do que os demais estados brasileiros". "Não paramos o estado, o estado continuou. Hoje ainda mantem-se por menor taxa de desocupação do Brasil, cresce mais do que a maioria dos estados brasileiros, mas agora em 2021, esse ano começou a aparece novos desafios pros catarinenses", disse Moisés.
Pacto nacional e mais vacinas
Em audiência no Senado, governadores cobram pacto nacional e mais vacinas. O chefe do Executivo também criticou movimentos de compra de vacina desconectados com o Plano Nacional de Imunização (PNI) e cobrou, junto de outros governadores, que haja unificação na aquisição de imunizantes pelo Ministério da Saúde para que nenhum local fique desassistido. "Alguns movimentos de aquisição de vacina desconectados do Plano Nacional de Imunização nos chamam a atenção, porque nós acreditamos que isso traria uma demanda excessiva e diversificada, uma logística mais complexa e podendo tencionar inclusive os preços dos mercados e também algumas falsas ofertas como a gente já viu, percebeu", disse. Moisés não especificou nenhuma dessas aquisições "desconectadas", mas a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), por exemplo, negocia a compra de doses da vacina Sputnik V. Mais de 200 municípios catarinenses encaminharam carta de intenção de compra. A Fecam está reunindo os documentos necessários para a empresa responsável responder sobre a a viabilidade da aquisição (veja no vídeo abaixo).
Além do representante de Santa Catarina, também participaram da reunião do Senado nesta quinta os governadores do Ceará, Camilo Santana; do Piauí, Wellington Dias; do Amazonas, Wilson Lima, e da Bahia, Rui Costa. O encontro foi conduzido pelo senador Confúcio Moura (RO) e também contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
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