O mercado de Tecnologia da Informação (TI) tem se apresentado o mais promissor para se construir uma carreira de sucesso, tendo os altos salários, a flexibilidade de horário, a paixão pelo trabalho e a oportunidade de atuar com inovação como os principais atrativos. Entre abril e outubro de 2020, um levantamento do LinkedIn listou 15 categorias no relatório Empregos em Alta, e os cargos em tecnologia ocupam o segundo lugar no ranking, com crescimento constante mesmo durante a pandemia e com maior índice de vagas remotas (20% das ocupações).
Segundo a Brasscom – Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação -, o mercado de TI deve criar 420 mil novas vagas até 2024, porém, estima-se que, até lá, 150 mil vagas não sejam preenchidas por falta de pessoas qualificadas. Dados da entidade revelam que as instituições formam, por ano, 46 mil pessoas com perfil tecnológico, o que ainda é insuficiente, gerando um déficit de 24 mil especialistas anualmente.
Para Fellipe Couto, CEO da Vulpi, plataforma de contratação de profissionais de TI, existem dois principais motivos para sobrar vagas no mercado de tecnologia e ambos estão atrelados ao alinhamento de expectativas das empresas. “O primeiro é que as empresas não querem capacitar e/ou treinar profissionais juniores, pois, na maioria das vezes, os querem prontos. O segundo motivo é o desalinhamento de perfil técnico. Às vezes, a tecnologia acabou de ser criada, tem dois ou três anos de criação, e a empresa quer contratar uma pessoa que tenha dois, três anos de experiência, portanto, essa conta não fecha”, explica Couto.
Para o especialista, o volume de mercado é de quase 75% das vagas para pleno e sênior, sendo que grande parte dos profissionais, quase 80% deles são juniores. Portanto, há uma incompatibilidade muito alta de oferta e demanda. “As empresas precisam começar a olhar mais para os juniores, contratá-los, treiná-los e capacitá-los internamente, para que sejam os plenos e seniores de amanhã. Caso contrário, elas vão continuar tendo dificuldades”, revela Couto.
Parceria com empresas aceleram a contratação de profissionais juniores
Na Kenzie Academy Brasil, escola de programação que se posiciona como alternativa ao ensino superior, com expertise na formação de pessoas programadoras web full-stack em curso online de 12 meses, toda a estrutura de aprendizagem é projetada para simular o mercado de trabalho. Durante o curso são oferecidos treinamentos para que os alunos desenvolvam suas soft skills, que enfatizam a importância da liderança, feedback, relacionamento em equipe, diversidade, comunicação, proatividade, para que, depois de um ano, eles se sintam, de fato, preparados para o mercado.
Com o objetivo de ser o mais assertivo possível nas contratações, a Kenzie oferece todo o suporte com o programa interno ‘Sucesso do Aluno’, que utiliza metodologia proprietária para identificar o potencial e as aptidões dos candidatos. O primeiro papel do programa é o de garantir ao estudante um aprendizado de qualidade e, o segundo, está voltado para a colocação no mercado de trabalho. “As empresas que participam ativamente da contratação de profissionais de nível júnior estão fomentando o mercado de desenvolvedores no Brasil, que ainda apresenta uma demanda enorme de profissionais qualificados”, afirma Rita Oliveira, especialista de mentoria de carreira e head de colocação da Kenzie Academy.
Para Rita, as ações de parceria são muito importantes para complementar a orientação de carreira dos alunos. “A partir do terceiro trimestre de curso [sétimo mês], iniciamos o processo de indicação de alunos para que possam ter essa experiência de atuar em uma prática profissional de quatro ou seis horas. É uma oportunidade muito legal, pois acelera a carreira”, pontua.