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12/03/2021 às 10h00min - Atualizada em 12/03/2021 às 10h00min

Símbolo de proteção na pandemia, máscaras reduzem em 87% a chance de contrair covid-19, aponta pesquisa!

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https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2021/03/simbolo-de-protecao-na-pandemia-mascaras-reduzem-em-87-a-chance-de-contrair-covid-19-aponta-pesquisa
Proteção é mais robusta com máscaras como a N95. Antonio Valiente / Agencia RBS
Máscaras são fundamentais no combate à disseminação do coronavírus, mas é preciso atentar para critérios mínimos de qualidade no uso desse tipo de proteção. Ela tornou-se um dos principais símbolos da pandemia de covid-19 – acessório de proteção que virou uma constante para a população mundial em 2020 e também em 2021. Antes utilizada cotidianamente apenas em alguns países asiáticos, o que era visto com curiosidade por cidadãos de outros países, a máscara agora é utilizada em todo o mundo, consagrando-se como uma importante medida na contenção da disseminação do coronavírus.

Apesar de estarem no rosto de todos, ou pelo menos da maioria prudente da população, muitas pessoas ainda não sabem que existem diversos tipos diferentes de máscaras e que cada um deles deve ser utilizado em ocasiões específicas. 

Entenda por que máscaras de uso profissional estão sendo exigidas na Europa
Nas últimas semanas, países da Europa têm recomendado ou até exigido da população o uso de máscaras profissionais, como os padrões N95 ou PFF-2, dado o grau de proteção mais elevado. Para especialistas, a recomendação também deveria ser seguida no Brasil — o problema é que por aqui, devido ao custo mais elevado na comparação com as de pano, por exemplo, uma parcela significativa da população não deve conseguir bancar os modelos. Eles reforçam, ainda, que as máscaras de pano ainda são muito importantes no combate à pandemia, mas que é preciso atentar para alguns critérios mínimos de qualidade no uso desse tipo de proteção.

Proteção individual e coletiva
Para o médico infectologista Evaldo Stanislau, a máscara de tecido comum tem um grau de proteção bom, mas depende que todos usem para proteger mais. — Isso porque, no caso das máscaras de pano, o que acontece é a redução da emissão de partículas por parte de quem está usando. Dependendo do material utilizado para a confecção da máscara, a filtragem do ar pode não ser tão boa, o que pode resultar em uma proteção limitada para o usuário.

Vitor Mori, pós-doutorando na Universidade de Vermont e membro do Observatório Covid-19 BR, destaca que o uso errado da máscara não acontece só quando ela não está cobrindo o nariz ou a boca. — Se estiver folgada dos lados, por exemplo, ela perde toda a sua funcionalidade. Mori ressalta que as máscaras do tipo N95 e PFF-2 têm uma vida útil maior – o que facilita sua reutilização, algo importante para que não se corra mais tanto risco de faltar equipamentos de proteção para os profissionais da saúde, como se temia no início da pandemia.

Máscaras: fundamentais na prevenção
Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) apontou o papel do uso de máscaras e do distanciamento social na prevenção contra a covid-19. Os resultados sugerem que o uso de máscaras reduz em 87% a chance de ser infectado pelo SARS-CoV-2.  Além disso, o estudo conclui que pessoas que aderem moderada a intensamente ao distanciamento social têm entre 59% e 75% menos chances de contrair o coronavírus.

Enquanto não temos vacina para todos, precisamos manter o distanciamento social e uso de máscara em todas as situações. Um dos pesquisadores que integra o estudo, o professor da Faculdade de Medicina da UFRGS Bruce Duncan afirma que, ancorado nos dados, é possível dizer que essas medidas têm um papel importante na prevenção da doença. A adesão moderada ou alta ao distanciamento social foram fortemente protetivas contra a doença, representando um risco 72% e 75% menor, respectivamente. O uso da máscara foi associado a um risco 87% menor de contrair o vírus. Outro pesquisador do grupo, o professor da Faculdade de Medicina da UFRGS Marcelo Gonçalves destaca que adotar as medidas de distanciamento social e utilização de máscara sempre que estiver fora de casa tornou-se fundamental.  — Não fazer isto é manter uma marcha para o colapso completo do sistema de saúde, com um aumento no número de mortes sem precedentes. Enquanto não temos vacina para todos, precisamos manter o distanciamento social e uso de máscara em todas as situações — complementa.

O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento à Pandemia do governo do Estado recomenda manter distanciamento mínimo de dois metros e dar preferência a ambientes ao ar livre ou bem ventilados.

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