Os brasileiros deportados foram detidos pela Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) dos EUA por não possuírem documentação adequada ou por violar as leis de imigração
O governo dos EUA ignorou o pedido do Brasil sobre a retirada das algemas nos deportados. Apesar das autoridades brasileiras terem solicitado a remoção das algemas, as autoridades americanas mantiveram os brasileiros algemados durante o voo. Segundo as autoridades americanas, as algemas foram utilizadas como uma medida de segurança padrão durante o voo de deportação. No entanto, o governo brasileiro considerou essa prática um desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros e um desrespeito à soberania nacional. Essas pessoas não possuem ficha na polícia brasileira e não são presidiários. Eles são em grande maioria, imigrantes ilegais que foram detidos nos EUA por não possuírem documentação adequada ou por violarem as leis de imigração. O Itamaraty afirmou que a ocorrência de um delito nos EUA não tem validade no Brasil, ou seja, se alguém foi deportado, não terá que prestar contas à justiça brasileira pelo delito cometido nos Estados Unidos. Essa é a 1ª leva de deportações ao país depois da posse do presidente Donald Trump (Partido Republicano). No entanto, os voos fazem parte de um acordo firmado em 2017, durante o governo do então presidente Michel Temer (MDB), e que começou em 2018. Os deportados foram presos porque estavam nos EUA de forma irregular e não podiam mais recorrer à Justiça norte-americana. O governo de Joe Biden (Partido Democrata) deportou mais brasileiros do que os de Barack Obama (Partido Democrata) e de Trump. De 2021 a 2024, foram deportados 7.168 brasileiros, o que corresponde a 1,31% do total de deportações, que somaram 545.252. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o presidente Lula tomaram medidas imediatas para garantir que os deportados completassem a viagem com dignidade e segurança, ordenando a retirada das algemas assim que os brasileiros desembarcaram em território nacional