A proximidade das eleições de 2026 tem intensificado as movimentações partidárias e estratégias de coligações em diversas regiões do país. Entre os destaques estão as trocas de legenda por parlamentares em exercício e o surgimento de candidaturas em estados diferentes daqueles onde os políticos tradicionalmente atuam — fenômeno que reacende o debate sobre representatividade e vínculos locais. Casos como o do deputado Tiririca, que deixou o PL de São Paulo e se filiou ao PSD do Ceará, seu estado natal, ilustram esse cenário. A mudança de domicílio eleitoral e a nova filiação foram autorizadas pela antiga sigla, fora da janela partidária, e sinalizam uma possível candidatura pelo novo estado em 2026. Outro exemplo que tem gerado repercussão é a disputa por vagas ao Senado em Santa Catarina. A possível candidatura de um político do Rio de Janeiro, articulada por alianças partidárias, pode impactar diretamente nomes tradicionais da política catarinense, levantando críticas sobre o distanciamento entre candidatos e eleitores locais. Especialistas apontam que, embora legal, a prática de candidaturas fora do domicílio eleitoral habitual pode gerar desconforto entre eleitores, especialmente quando associada a estratégias de coligações que priorizam cálculos eleitorais em detrimento da identidade regional.
A legislação brasileira permite a mudança de domicílio eleitoral desde que respeitados os prazos e requisitos legais. No entanto, o debate sobre o equilíbrio entre legalidade e legitimidade política segue em pauta.
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