O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (4) que a Polícia Federal participe das investigações sobre a operação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 m*rtes — sendo 117 civis e quatro policiais.
Durante conversa com jornalistas estrangeiros em Belém (PA), onde cumpre agenda prévia à COP30, Lula classificou a ação como “desastrosa” do ponto de vista da atuação do Estado e afirmou que a decisão judicial que autorizou a operação não previa o uso letal da força.
“Estamos tentando viabilizar a participação de legistas da Polícia Federal na investigação. Há muitas versões sobre o que ocorreu, e é importante entender em que condições essas mortes aconteceram”, disse o presidente.
Segundo ele, o Ministério da Justiça, o Ministério Público Federal e a PF estão envolvidos na apuração. Na semana passada, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou o envio de 20 peritos criminais para atuar na análise dos locais de crime, balística, genética forense, medicina legal e identificação de corpos.
A megaoperação foi realizada contra integrantes do Comando Vermelho e gerou repercussão nacional. Lula destacou que, embora alguns considerem o número de prisões e mortes como um indicador de sucesso, é necessário avaliar o impacto da ação sob a ótica dos direitos e da atuação estatal.
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