28/02/2021 às 10h09min - Atualizada em 28/02/2021 às 10h09min
Satélite Amazônia 1, primeiro totalmente feito no Brasil, é lançado ao espaço!
Vai ajudar na observação e no monitoramento do desmatamento na região amazônica.
https://g1.globo.com/sp/vale - do
https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2021/02/28/satelite-amazonia-1-primeiro-totalmente-feito-no-brasil-e-lancado-ao-espaco
REPRODUÇÃO O Amazônia 1, primeiro satélite completamente brasileiro, foi lançado ao espaço na madrugada deste domingo (28). O lançamento ocorreu às 1h54, no Centro de Lançamento Sriharikota, na Índia. O satélite brasileiro foi ao espaço juntamente com os satélites Sindhu Netra (India), Nanoconnect-2 e SpaceBee (12 ) (ambos dos Estados Unidos).
VÍDEO: Foguete que colocará satélite Amazônia 1 em órbita é lançado:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/video/video-foguete-que-colocara-satelite-amazonia-1-em-orbita-e-lancado-9308112.ghtml Cerca de 17 minutos após o lançamento do foguete PSLV-C51, o satélite se separou e fez suas primeiras atividades previstas, como a abertura do painel solar, a estabilização de sua orientação em relação à Terra, a verificação dos sistemas e a colocação do modo de prontidão.
VÍDEO: Veja o momento em que o satélite Amazônia 1 se desprende de foguete e entra em órbita:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/video/video-veja-o-momento-em-que-o-satelite-amazonia-1-se-desprende-de-foguete-e-entra-em-orbita-9308116.ghtml Em vídeo gravado e divulgado após o lançamento, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Clezio de Nardin, declarou que a próxima etapa é iniciar a fase de testes para verificar o satélite e ajustes em sua câmera. O equipamento é o terceiro a formar o sistema Deter e vai auxiliar na observação e no monitoramento do desmatamento na região amazônica. Com 4 metros de comprimento e 640 kg, o Amazônia 1 vai ficar a 752 quilômetros acima da superfície da Terra em uma órbita entre os polos norte e sul e vai capturar imagens em alta resolução. As fotos começarão a ser tiradas cinco dias após o satélite se estabilizar na órbita.
VÍDEO: Satélite Amazônia 1 levará 100 minutos para dar uma volta na Terra; entenda:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/video/video-satelite-amazonia-1-levara-100-minutos-para-dar-uma-volta-na-terra-entenda-9308108.ghtml O satélite foi desenvolvido no Inpe, em São José dos Campos, e levado em 22 de dezembro para a Índia para ser lançado. Embarcaram em fevereiro para acompanhar o envio do satélite o diretor do Inpe e o Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Do espaço, ele vai mandar o sinal para três estações de monitoramento no Brasil: uma em Cuiabá (MT), a outra em Alcântara (MA) e a terceira em Cachoeira Paulista (SP). Todos os movimentos do satélite serão coordenados de uma outra estação, que fica no Inpe.
Investimentos e paradas no projeto
O projeto começou há oito anos, na sede do Inpe, e teve um investimento de R$ 400 milhões e envolvimento de diversos pesquisadores. Após oito anos para construção, com ameaças de paradas no projeto por falta de orçamento, ele foi concluído para testes em dezembro de 2020. No Inpe, o equipamento passou por uma bateria de análises até a liberação para transporte, que foi feita ainda em dezembro. Inicialmente, o lançamento estava previsto para o dia 22 de janeiro, mas a data foi remarcada. A mudança foi feita a pedido da equipe de lançamento, que pediu mais tempo para as etapas finais de preparação. Com isso, a data foi alterada para este domingo. Foi montado um esquema de transporte com o satélite desmontado. Ele foi levado por um avião cargueiro e passou pelo Senegal antes de chegar ao seu destino final, na Índia.
Verba
Pouco antes do lançamento, o Inpe suspendeu as bolsas de 107 pesquisadores no instituto por falta de verba. A modalidade de bolsas cortadas é a PCI, que mantém pesquisadores em atividades de trabalho, não só pesquisa, dentro do instituto. A medida atingiu sete pesquisadores do setor do Amazônia 1, envolvidos nas etapas finais e plano de vôo do lançamento. Sem recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, eles estavam impedidos de trabalhar e, com isso, o lançamento do equipamento estaria em risco. Para manter a data, a Agência Espacial Brasileira (AEB) teve de intervir e custear as bolsas. Pouco antes de embarcar à Índia, o ministro Marcos Pontes afirmou que a verba será remanejada e as bolsas mantidas.
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