Em meio a críticas crescentes sobre a intervenção federal na segurança de Washington D.C., o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se posicionar de forma contundente. Durante reunião transmitida ao vivo pelas redes sociais na terça-feira (26), Trump afirmou: “Não sou um ditador. Eu apenas sei como parar o crime”, ao justificar o envio de tropas da Guarda Nacional à capital americana.
A medida, iniciada em 12 de agosto, mobilizou cerca de 2.000 militares para reforçar a segurança local. Segundo o Departamento de Defesa, a operação tem previsão de durar 30 dias, embora o presidente já tenha sinalizado possibilidade de extensão. Trump sustenta que “o crime está fora de controle” em Washington, comparando a taxa de homicídios da cidade a capitais de países em crise — incluindo Brasília.
Dados contradizem discurso presidencial
Apesar das declarações alarmistas, estatísticas oficiais apontam queda significativa na criminalidade. De acordo com o Departamento de Polícia Metropolitana, o crime violento caiu 26% entre 2023 e 2024, e o índice geral de criminalidade atingiu o menor patamar em três décadas.
Mesmo assim, Trump anunciou que seu governo começará a buscar a pena de morte em casos de homicídio na capital — uma proposta controversa, já que a pena capital foi abolida no Distrito de Columbia nos anos 1980. “Se alguém matar alguém na capital — Washington, DC — vamos pedir a pena de morte”, declarou.
Conflito político e críticas locais
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, do Partido Democrata, classificou a intervenção como “alarmante e sem precedentes”. O procurador-geral do distrito, Brian Schwalb, também se manifestou contra a medida, chamando-a de “desnecessária e ilegal”. Ambos alegam que os militares não têm autoridade para realizar prisões, o que limita a efetividade da operação.
Além de Washington, Trump mencionou outras cidades governadas por democratas como possíveis alvos de futuras intervenções: Chicago, Nova York e San Francisco. “Chicago, provavelmente, será a próxima cidade que tornaremos segura. Podemos fazer uma limpa em San Francisco também”, disse o presidente, sem apresentar dados concretos sobre a violência nessas localidades.
Contexto político e repercussão
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, Trump tem demonstrado interesse em ampliar o controle federal sobre áreas urbanas administradas por adversários políticos. A estratégia é vista por analistas como uma tentativa de reforçar sua imagem de “líder da ordem” em meio à polarização política nos Estados Unidos.
A proposta de reinstaurar a pena de morte e o uso de forças federais em cidades democratas reacende o debate sobre os limites do poder presidencial e o papel dos estados na segurança pública. Enquanto Trump insiste que “sabe como parar o crime”, autoridades locais e especialistas alertam para os riscos de medidas autoritárias e sem respaldo legal.
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