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Um ano sem Silvio Santos: disputa na Justiça expõe bastidores da herança bilionária

Um ano após a morte do apresentador, filhas e viúva travam batalha judicial para liberar R$ 429 mi no exterior e contestam cobrança de tributos estaduais

Marina Verenicz / Don Carlos Leal
17/08/2025 07h54 - Atualizado há 18 horas
Um ano sem Silvio Santos: disputa na Justiça expõe bastidores da herança bilionária
O empresário Silvio Santos, saindo do Palácio do Planalto. - Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / via Wikimedia / Reprodução

Há exatamente um ano, o Brasil se despedia de Silvio Santos, ícone da televisão e um dos empresários mais bem-sucedidos do país. Nascido Senor Abravanel, ele morreu aos 93 anos, em 17 de agosto de 2024, vítima de broncopneumonia. Com sua morte, encerrou-se um capítulo da história da comunicação brasileira — mas iniciou-se uma nova fase marcada por disputas jurídicas em torno de sua herança estimada em R$ 6,4 bilhões.

Além do legado cultural e empresarial deixado pelo criador do SBT, uma complexa partilha de bens se desenrola nos bastidores, envolvendo contas no exterior, questionamentos tributários e disputas com o fisco paulista.

Testamento detalhado
Antes de morrer, Silvio Santos fez questão de deixar um testamento para evitar conflitos entre as herdeiras. A divisão previa que suas seis filhas — Cintia, Silvia, Renata, Rebeca, Patrícia e Daniela — e a esposa, Íris Abravanel, receberiam valores equivalentes. Estima-se que cada filha tenha herdado ao menos R$ 100 milhões em bens e ativos, segundo reportagem da Record TV.

Patrícia Abravanel assumiu a apresentação do “Programa Silvio Santos”, enquanto Daniela Beyruti ocupa o cargo de vice-presidente do SBT. O grupo empresarial também inclui participações em setores como cosméticos, turismo, varejo e financeiro.

Paraíso fiscal
Um dos principais pontos de atrito envolve R$ 429,9 milhões depositados em instituições financeiras nas Bahamas, sob a empresa Daparris Corp Ltd, da qual Silvio era o principal acionista.

Para acessar esses recursos, as herdeiras foram cobradas em R$ 17 milhões a título de ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) pelo governo de São Paulo.

As filhas e a viúva acionaram a Justiça paulista para contestar a cobrança. Alegam que os valores estão no exterior e, portanto, fora do alcance da legislação tributária estadual. O valor foi inicialmente depositado em juízo, mas, em janeiro de 2025, uma decisão favorável permitiu o desbloqueio dos recursos sem a exigência de pagamento imediato do imposto.

Ao que tudo indica, o processo judicial ainda deve se arrastar — e o desfecho pode estabelecer precedentes importantes sobre tributação de heranças no exterior.

Mais disputas
Além da questão envolvendo os recursos nas Bahamas, as herdeiras também questionam um cálculo feito pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, que teria aumentado em R$ 47 milhões o valor dos tributos incidentes sobre cinco empresas do espólio. O caso está em tramitação na Justiça e passou a correr em segredo em março de 2025.

Outro ponto sensível da partilha envolve o pagamento de uma dívida de R$ 10 milhões, contraída por Silvio Santos ainda em vida, em 2023. As herdeiras decidiram quitar o débito como parte da regularização do inventário.

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FONTE: INFOMONEY
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