A pressão internacional liderada por Donald Trump sobre o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido intensa, mas até o momento, não há sinais concretos de que isso vá alterar os votos dos ministros envolvidos no processo. Donald Trump e aliados, como Eduardo Bolsonaro, têm adotado uma estratégia agressiva para tentar influenciar o julgamento. O ministro Alexandre de Moraes foi alvo da Lei Magnitsky, que implica congelamento de bens nos EUA e proibição de transações financeiras com instituições americanas. Nove ministros do STF tiveram seus vistos revogados, incluindo Barroso, Fachin, Toffoli, Zanin, Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, vinculando explicitamente essa medida ao julgamento de Bolsonaro. Trump classificou o julgamento como uma “execução política” e afirmou que Bolsonaro é “um homem honesto”. Há ameaças de sanções contra familiares de ministros, como a esposa de Moraes, Viviane Barci. Apesar da pressão, os ministros do STF têm se mostrado firmes. Moraes declarou que “o STF irá ignorar as sanções aplicadas” e que o julgamento seguirá de forma colegiada. Ministros ouvidos pela imprensa afirmam que as sanções não afetam o andamento do processo. Advogados dos réus evitam mencionar a crise diplomática nas alegações finais, temendo que isso prejudique ainda mais seus clientes. Luiz Fux é o único que votou contra o uso de tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar de Bolsonaro. Por isso, é visto como o mais independente em relação ao relator Moraes. Há especulações de que ele poderia pedir vista (adiar o julgamento), mas ministros da Turma afirmam que essa chance é “zero”. Como presidente da Turma, Cristiano Zanin tem o poder de marcar a data do julgamento. Não há indicações de que vá divergir, mas seu voto será o último, o que pode ser estratégico. Tecnicamente, não há evidência de que a pressão externa tenha alterado ou vá alterar votos. O STF tem demonstrado resiliência institucional. No entanto, um pedido de vista por Fux poderia adiar o julgamento por até 90 dias, o que daria tempo político para articulações externas. Mesmo sem mudar votos, a pressão pode alimentar narrativas de perseguição política e influenciar a opinião pública.
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