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Tensionando relação com Israel, Lula retira Brasil de aliança em memória do Holocausto

Itamaraty não informou os motivos para a saída da organização, criada na década de 1990 para combater o antissemitismo

Junio Silva / Don CarlosLeal
25/07/2025 11h00 - Atualizado há 17 horas
Tensionando relação com Israel, Lula retira Brasil de aliança em memória do Holocausto
A decisão se soma a uma série de episódios que vêm marcando o aumento da tensão diplomática com Israel desde o início da guerra. - Foto: Ricardo Stuckert / PR / Reprodução

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retirou o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), onde atuava como membro observador desde 2021. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (24/7) pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel. A decisão se soma a uma série de episódios que vêm marcando o aumento da tensão diplomática com Israel desde o início da guerra.

Desde que Lula assumiu a presidência, a relação entre Brasil e Israel tem vivido momentos de tensão. De um lado, Israel acusa o governo brasileiro de ter posturas pró-Hamas. Do outro, Lula tem feito críticas quanto à atuação israelense na Faixa de Gaza, onde mais de 50 mil pessoas já morreram.

O ápice da crise aconteceu em fevereiro de 2024, quando Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da repercussão negativa da fala, o presidente brasileiro foi declarado persona non grata em Israel. Em retaliação, Lula retirou o embaixador do Brasil em Tel Aviv, dando assim menos peso na relação diplomática dos dois países.

Existe ainda o temor, por parte de Israel, de que o país fique sem um embaixador no país. Isso, porque o governo brasileiro ainda não aprovou o nome do embaixador Gali Dagan, indicado para chefiar a missão diplomática em Brasília.

Ao criticar o governo brasileiro pelo apoio à ação judicial da África do Sul, que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza, a chancelaria do país afirmou que o Brasil também decidiu sair da organização, criada na década de 1990 para combater o antissemitismo.

A decisão ainda não foi anunciada oficialmente pelo governo brasileiro. Fontes ligadas à diplomacia israelense, porém, confirmaram ao Metrópoles que o Ministério das Relações Exteriores já informou a embaixada de Israel em Brasília sobre o processo.

Sob condição de anonimato, funcionários com conhecimento sobre o assunto alegam que o Itamaraty não informou os motivos para a saída. Procurado pela reportagem sobre o tema, o Itamaraty ainda não se pronunciou sobre o caso. O espaço para manifestações segue aberto.

Na quarta-feira (23/7), o governo brasileiro deu mais um passo rumo ao distanciamento diplomático entre Brasília e Tel Aviv.

Conforme antecipado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o Brasil oficializou o ingresso no processo judicial que tramita na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel.

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FONTE: METRÓPOLES
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