"Data de longe essa amizade. Vem dos primeiros dias da nossa Independência, a qual o governo dos Estados Unidos foi o primeiro a reconhecer [...] O tempo não fez senão ir aumentando, na inteligência e no coração de sucessivas gerações brasileiras, a simpatia e a admiração que os Estados Unidos da América inspiraram aos criadores da nossa nacionalidade". Esse discurso foi proferido em julho de 1906, por José Maria da Silva Paranhos Júnior, o patrono da diplomacia brasileira, mais conhecido como Barão do Rio Branco. O discurso foi dado durante um jantar em homenagem a Eliot Root, então secretário de Estado dos Estados Unidos, em visita ao Brasil. Cento e um ano depois, o cenário nas relações bilaterais entre os Estados Unidos e o Brasil parece ter mudado radical e rapidamente. Especialmente nos últimos dias. Na quarta-feira (9/7), após uma série de ameaças, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que aplicaria tarifas de 50% sobre qualquer produto brasileiro exportado aos Estados Unidos. E a partir daí, uma escalada de reações afastaram ainda mais a possibilidade de uma saída diplomática para uma crise, claramente política. A recusa do Departamento de Estado americano em dialogar com a embaixadora Maria Luiza Viotti após a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, seus familiares e aliados do STF é um sinal claro de esfriamento diplomático. Ainda não há rompimento formal, mas há indícios preocupantes: suspensão de diálogo diplomático com a embaixadora brasileira em Washington; tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, anunciada por Trump como retaliação; investigação americana sobre o sistema Pix e comércio brasileiro, como a rua 25 de Março; e sanções individuais contra autoridades brasileiras, com base na Lei Magnitsky. Segundo analistas, o governo Trump parece estar cercando as possibilidades de negociação com o Brasil, o que pode levar a uma escalada ainda maior. Aliados do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) relataram que devem ocorrer mais sanções contra o Brasil na próxima semana. Estariam na mesa opções como aumentar as tarifas para exportações brasileiras para 100%, implementar a Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras, adotar sanções em conjunto com a Otan e até sanções tecnológicas, como bloqueio do uso de satélites e GPS. Mas a pior forma de rompimento entre Brasil e Estados Unidos seria uma ruptura diplomática total, algo extremamente raro entre democracias consolidadas, mas não impossível diante da escalada atual.
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