19/10/2024 às 13h44min - Atualizada em 20/10/2024 às 00h03min
Por que algumas pessoas são tão obstinadas por procedimentos estéticos?
Entre a beleza e o perigo: a saúde emocional e mental precisam ser priorizadas junto com a aparência física para alcançar um verdadeiro bem-estar?
Ingrid Luisa / Don CarlosLeal
VEJA
Complicações por procedimentos estéticos se tornam frequentes no Brasil. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução Pessoas com TDC têm uma percepção distorcida de sua aparência, acreditando que partes específicas do corpo são imperfeitas, mesmo quando essas imperfeições não são perceptíveis para outras pessoas. Outro transtorno relacionado é o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), onde a obsessão com a beleza pode se manifestar como um comportamento compulsivo para alcançar um ideal estético perfeito. Essas patologias podem ter um impacto significativo na saúde mental e física das pessoas, levando a ansiedade, depressão e até problemas de saúde física devido a procedimentos invasivos e dietas extremas. O Brasil é o segundo país que mais realiza essas intervenções no planeta, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética. Teríamos beleza de sobra se não fossem os riscos atrelados a soluções que vão de soro e chip da beleza a aplicações malfeitas de Botox e peeling, sem falar em intervenções para remodelar do rosto às partes íntimas. Especialistas alertam para uma banalização dos procedimentos, com o marketing se sobrepondo à segurança para vender saídas “simples”, “não invasivas” e “com resultados na hora”. Em artigo, a dermatologista Samira Yarak, professora da Unifesp, aponta essa dicotomia dentro da própria medicina: há uma discrepância entre a abundância de procedimentos realizados e a escassez de publicações sobre os problemas causados por eles. Ela defende que só a notificação compulsória de intercorrências permitiria dimensionar e conter esse fenômeno. Existem vários procedimentos estéticos que podem ser considerados perigosos devido aos riscos associados. É crucial sempre consultar um profissional de saúde qualificado e discutir todos os riscos antes de se submeter a qualquer procedimento estético. A saúde e a segurança devem sempre ser prioridades.
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Complicações por procedimentos estéticos se tornam frequentes no Brasil. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução
