18/09/2024 às 14h01min - Atualizada em 18/09/2024 às 14h01min
O horário de verão voltou ao debate, diante das notícias de que o governo estuda a volta da prática
Estiagem severa coloca em risco as bacias hidrográficas do Brasil nos estados da região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste
Gabriel Brum / Don Carlos Leal
AGÊNCIA BRASIL
Doze bacias estão sendo afetadas pela falta de água. - Imagem: Defesa Civil de Porto Velho / Reprodução A estiagem severa que afeta o Brasil seca rios e coloca em risco as maiores bacias hidrográficas do país. O alerta foi feito pela Universidade Federal de Alagoas. A ameaça é realidade em estados da região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Ufal aponta que 12 bacias estão sendo afetadas pela falta de água.
O rio Tefé, no Amazonas, é o que está em pior condição. Além dele, que é afluente do rio Solimões, o monitoramento alerta também para os rios Mamiá e Badajós, que também desaguam no Solimões. O Baía Grande, no Mato Grosso, e o rio Tocantins preocupam. Ainda há incertezas sobre como será o período de chuvas, porque o La Niña está fraco e as temperaturas dos oceanos ainda estão em transição. Só após esse período é que poderá ser feita uma previsão de quando as chuvas poderão se recuperar.
O horário de verão voltou ao debate, diante das notícias de que o governo estuda a volta da prática. O país está sob pressão em meio à seca recorde que assola e à proximidade dos meses mais quentes do ano.
Em 2008, um decreto tornou o horário de verão permanente, vigorando do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Até que, em abril de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro também por decreto extinguiu a prática. "O horário de pico hoje é às 15 horas e [o horário de verão] não economizava mais energia. Na saúde, mesmo sendo só uma hora, mexia com o relógio biológico das pessoas", argumentou Bolsonaro, à época.
Em declarações recentes, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido a volta do horário de verão, argumentando que a medida cumpre dois objetivos importantes na gestão do sistema elétrico: garantir a segurança energética e a modicidade tarifária – isto é, que a conta de luz tenha preço justo.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS) devem apresentar nos próximos dias um estudo sobre o horário de verão nas atuais circunstâncias. A decisão final caberá a Lula.
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