Qual jogo de azar poderia ser regulamentado no Brasil?

Além das apostas online, publicidade de jogos de azar fizeram brasileiros perderem mais de R$ 20 bilhões

Investigações de Deolane Bezerra levanta debate sobre jogos de azar. – Foto: Bruno Peres / Agência Brasil / Reprodução

É comum, ao navegar pela internet, se deparar com divulgações de jogos do ‘Tigrinho’, ou seja, jogos de apostas ilegais. Também existem os BETs, que são casas de apostas esportivas online, legalizadas no Brasil. Influenciadores e astros do esporte costumam divulgar os jogos prometendo ganhos enormes para os usuários. Além de Deolane Bezerra, nomes como Neymar e Felipe Neto já divulgaram os BETs. Ainda há os jogos ilegais, como os do ‘Tigrinho’. Nesse caso, o problema ainda é maior, pois grande parte dessas plataformas sequer têm um CNPJ no Brasil. Elas operam de forma totalmente ilega, com endereços em lugares desconhecidos, em outros países. Deolane Bezerra foi presa em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, como parte da operação “Investigation”. A operação, em andamento desde abril de 2023, visa combater crimes de lavagem de dinheiro e contribuições para jogos ilegais. A advogada foi solta na tarde da última sexta-feira (6). Sua defesa alega que ela tem provas da sua inocência e que os ganhos foram de publicidade. Um estudo realizado pelo Banco Itaú revelou que os brasileiros gastam cerca de R$ 23,9 bilhões anualmente em jogos e apostas online. A primeira abordagem baseou-se nos balanços de pagamentos do Banco Central, que passou a adotar uma nova metodologia em janeiro de 2023. Essa análise contabiliza o dinheiro enviado para o exterior para plataformas de apostas registradas fora do Brasil. Incluem-se nessa conta todas as formas de jogos e apostas, desde “bets” até cassinos online e aplicativos que envolvem transações financeiras. A segunda referência foi o investimento em marketing das empresas de apostas. O marketing dessas plataformas representa de 19% a 75% do faturamento. Apesar do alto valor gasto pelos brasileiros em apostas, esse gasto representa apenas 0,2% do PIB. O estudo do Itaú foi divulgado em agosto e veio à tona após o caso da Deolane Bezerra repercutir na mídia nacional. 

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