19/05/2024 às 08h18min - Atualizada em 19/05/2024 às 08h18min
Número de mortos nos temporais do RS estabiliza em 155. Total de desaparecidos cai para 89
De acordo com relatório da Defesa Civil divulgado na manhã deste domingo (19), 617,5 mil pessoas seguem fora de casa e outras 89 estão desaparecidas
Redação G1 RS / Don Carlos Leal
G1
Cemitério de Lajeado, à beira do Rio Taquari. Com a enchente, água chegou a encobrir e danificar túmulos e muros do local — Foto: Fàbio Tito / Reprodução Chegou a 155 o número de vítimas dos temporais e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e a primeira quinzena de maio. Conforme o relatório da Defesa Civil divulgado na manhã deste domingo (19), há 89 pessoas desaparecidas.
Mortos: 155
Desaparecidos: 89
Feridos: 806
Pessoas em abrigos: 76.955
Desalojados: 540.626
Pessoas afetadas: 2.321.720
Pessoas resgatadas: 82.666
Animais resgatados: 12.215
Municípios afetados: 463
São 617,5 mil pessoas fora de casa. Deste total, 540,6 mil estão desalojados (em casas de amigos ou parentes) e 76,9 mil foram acolhidos em abrigos. O governo estima que a população afetada pelo evento climático seja de 2,3 milhões de gaúchos. Dos 497 municípios do RS, 463 registraram transtornos.
Guaíba baixa, e prefeitura derruba comporta
Com a marca de 4,52 metros, aferida na manhã deste sábado, o Guaíba marcou seu menor nível desde a madrugada de segunda (13) em Porto Alegre. O índice ainda está distante da cota de inundação (3 metros), mas permite a adoção de algumas medidas para "desalagar" o Centro Histórico.
Com a baixa, o Guaíba está em um nível menor do que a água acumulada nas ruas do Centro Histórico. Por isso, a prefeitura derrubou uma comporta do Muro da Mauá, em frente à Rua Padre Tomé, nas proximidades da Basílica das Dores. Com a operação, será possível acessar duas casas de bomba, que ajudam a drenar a água acumulada nas ruas para fora da área urbana.
As comportas são grandes portões de ferro que impedem que a água do lago invada a cidade. Já as bombas são equipamentos elétricos que bombeiam para fora da cidade a água que toma as redes de esgotos. Com as cheias, houve problemas nesse sistema, o que permitiu a inundação de parte da área urbana da capital.
Vales
No Vale do Taquari, região atingida pelos primeiros temporais, ainda no final de abril, os municípios afetados agora enfrentam outros desafios para retomar a vida.
Em Lajeado, o nível da água baixou, no entanto alguns moradores ainda não conseguiram voltar para suas casas devido a quantidade de lama no local. A população relata dificuldade para mover o barro acumulado. Móveis e pertences também se acumulam nas ruas. Imagens mostram um carro coberto pela lama.
Já em Encantado, as equipes da prefeitura trabalharam na região de Barra do Coqueiro para restabelecer os acessos à casas que ficam na zona rural. Vários trechos que levam ao interior do município seguem bloqueados. O abastecimento de água e o fornecimento de energia elétrica está sendo restabelecido na região.
Serra
Na Serra, a preocupação é com uma estrada que liga a região ao Litoral Norte. Um trecho da RSC-453, a Rota do Sol, tem risco iminente de desmoronar. O alerta é para o km 158 e foi feito pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), de Caxias do Sul.
"O risco, eu lhe diria que é 99,99% pelo que está posto. O estudo geológico aponta que há um risco de 99%, para não dizer 100%. Não se sabe quando esse desmoronamento poderá ocorrer, mas pela movimentação do talude, o desmoronamento poderá ser parcial ou por inteiro", afirmou o diretor-presidente substituto da Samae, Ângelo Barcarolo, em entrevista à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS.
Caso o desmoronamento se confirme, podem ser necessários até 20 dias para remover toda a terra da rodovia. Segundo os técnicos, o volume poderia encher três campos de futebol.
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