08/05/2024 às 19h33min - Atualizada em 09/05/2024 às 00h03min
Qual setor na economia do RS sofre maior impacto com as enchentes?
A crise climática não apenas desencadeou uma série de impactos sociais, mas também provocou estragos significativos na economia do Estado
Lara Rizério / Pensar Agro / Don Carlos Leal
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Um helicóptero flagrou um cavalo se equilibrando em cima de um telhado durante a cobertura das enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul, n quarta-feira (8). - Imagem: Rede Globo / Reprodução As enchentes no Rio Grande do Sul tiveram impactos significativos em várias áreas da economia do estado. Os polos industriais mais importantes do estado foram fortemente atingidos pelas enchentes. Esses polos empregam mais de 400 mil pessoas e incluem regiões como o Vale dos Sinos, a Região Metropolitana e a Região da Serra. Segmentos industriais, como produção de calçados, veículos, autopeças, máquinas, derivados de petróleo e alimentos, foram afetados. O Rio Grande do Sul é um importante produtor agrícola, com culturas como soja, arroz, trigo e milho. As enchentes podem ter impacto na produção e na colheita dessas culturas, afetando os preços dos alimentos e a economia em geral. Estradas obstruídas, pontes danificadas e alagamentos dificultam a entrega de produtos e a distribuição de combustíveis. A reconstrução da infraestrutura também demandará esforços significativos. Os municípios afetados pelas enchentes representam 87,2% dos empregos industriais da região. Além disso, eles correspondem a 80,3% do Valor Adicionado Bruto (VAB), 78,2% do VAB industrial e 86,4% dos estabelecimentos industriais. A tragédia das enchentes não apenas desencadeou uma série de impactos sociais, mas também provocou estragos significativos na economia, especialmente no setor agrícola. Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) na terça-feira (07.05), as perdas só do agronegócio já somam cerca de R$ 570 milhões: R$ 435 milhões em perdas agrícolas e R$ 134,7 milhões na pecuária. No total a avaliação ainda parcial é de que os prejuízos foram de R$ 4,6 bilhões com 78% dos municípios do Estado atingidos. Das 388 cidades afetadas, 336 tiveram, até o momento, a situação de anormalidade reconhecida pelos governos estadual e federal em Estado de Calamidade Pública. Além disso, 1,4 milhão de gaúchos foram diretamente afetados.
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