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18/03/2024 às 14h31min - Atualizada em 19/03/2024 às 00h03min

Qual fator mais relevante explica a queda na popularidade de Lula?

"Nós já gastamos um ano e três meses. E vocês percebem o quão pouco nós fizemos e, ao mesmo tempo, o quão muito nós fizemos", disse Lula aos ministros na segunda-feira (18)

Guilherme Mazui / Don Carlos Leal
CORREIO BRAZILIENSE
Um dos fatores que ajudam a explicar a queda de popularidade da gestão petista é o aumento de preços para os consumidores, principalmente dos alimentos. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução
Levantamento da Quaest indicou que o governo de Lula é avaliado negativamente por 34% dos entrevistados. Em dezembro, o índice era de 29%. A avaliação positiva, registrada pela pesquisa em fevereiro, oscilou dentro da margem de erro (2,2 pontos para mais ou para menos) e saiu de 36% para 35%. A avaliação entre assessores do presidente é de que Lula tem errado ao não fazer acenos a eleitores de centro e conservadores. Declarações a respeito da guerra em Gaza, das eleições venezuelanas e na área da segurança são apontadas como fatores para a queda de popularidade. Decisões políticas controversas, escândalos de corrupção, ou desentendimentos com figuras políticas importantes podem afetar a percepção pública. Questões de liberdade religiosa ou políticas que afetam grupos religiosos específicos também podem impactar a popularidade. Mas um dos fatores mais prováveis, que ajudam a explicar a queda de popularidade da gestão petista é o aumento de preços para os consumidores, principalmente dos alimentos. Segundo a pesquisa AtlasIntel, realizada nos primeiros dias de março, entre os participantes, 53% vêem a economia atual como ruim, 28% como boa, e 19% avaliam como normal. Sobre a expectativa para os próximos seis meses, 50% esperam melhora e 42%, piora. Além disso, de acordo com a Quest, 73% dos brasileiros sentiram aumento nos alimentos, 63% nas contas em geral e 51% nos combustíveis. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que houve um pico nos preços de alguns alimentos no início do ano devido às altas temperaturas e às chuvas em regiões produtoras. Em janeiro, a inflação foi de 1,38% para os alimentos, mas desacelerou para 0,97% em fevereiro, segundo a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O preço da gasolina nas bombas, por sua vez, aumentou 12,5% em 2023, e subiu novamente em fevereiro após aumento das alíquotas do ICMS.

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