O comunismo cristão é uma forma de comunismo religioso baseado no cristianismo?

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que “não existe comunista cristão”, fazendo referência a Flávio Dino, como “lobo em pele de cordeiro''

O Comunisto Cristão é uma teoria teológica e política que se fundamenta na visão de que os ensinamentos de Jesus compeliriam os cristãos a apoiar o comunismo como o sistema social ideal. - Imagem: Meramente Ilustrativa / Reprodução

Embora não haja consenso universal sobre a data exata em que o comunismo cristão foi fundado, muitos comunistas cristãos acreditam que evidências bíblicas sugerem que os primeiros cristãos, incluindo os Apóstolos, criaram sua própria pequena sociedade comunista nos anos seguintes à morte e ressurreição de Jesus. Ele é uma teoria teológica e política que se fundamenta na visão de que os ensinamentos de Jesus compeliriam os cristãos a apoiar o comunismo como o sistema social ideal. Assim, muitos defensores do comunismo cristão argumentam que ele foi ensinado por Jesus e praticado pelos próprios apóstolos. O comunismo cristão pode ser visto como uma forma radical do socialismo cristão. Os comunistas cristãos podem ou não concordar com várias partes do marxismo. Eles certamente não concordam com as ideias ateístas frequentemente associadas aos marxistas, mas compartilham pelo menos alguns dos aspectos econômicos da teoria marxista, como a noção de que o capitalismo explora a classe trabalhadora ao extrair mais-valia dos trabalhadores na forma de lucro. Além disso, os comunistas cristãos também compartilham alguns dos objetivos políticos dos marxistas, como a substituição do capitalismo pelo socialismo, que, por sua vez, deveria ser substituído pelo comunismo em um ponto mais distante no futuro. No entanto, os comunistas cristãos às vezes discordam dos marxistas (especialmente dos leninistas) sobre a maneira como uma sociedade socialista ou comunista deve ser organizada. Em geral, o comunismo cristão evoluiu independentemente do marxismo, e a maioria dos comunistas cristãos compartilha das conclusões, mas não das premissas subjacentes dos comunistas marxistas. Vale ressaltar que o Magistério da Igreja Católica condenou qualquer forma de totalitarismo, incluindo o comunismo, o socialismo e o capitalismo, rejeitando tanto a prática do individualismo quanto a imposição do mercado sobre o trabalho humano, sob a justificativa de que tais políticas não seriam compatíveis com a doutrina católica.

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