24/10/2023 às 06h08min - Atualizada em 24/10/2023 às 06h08min
Atirador de escola era vítima frequente de bullying e matou uma jovem que sequer conhecia
Família já havia feito boletim de ocorrência e disse ter comunicado escola sobre supostas perseguiçōes e ameaças
Marcos Guedes
CNN
Ataque em escola deixa uma menina morta na zona leste de SP. - Imagem: Reprodução / TV Globo O adolescente que matou uma jovem na manhã desta segunda-feira (23) era vítima frequente de bullying e matou uma jovem que sequer conhecia, segundo o advogado Antônio Edio, contratado pela família do agressor. Em um boletim de ocorrência registrado em abril deste ano, a mãe do adolescente relata ameaças sofridas pelo filho tanto nas redes sociais quanto em outra escola que ele estudava. De acordo com a Polícia Civil, o caso não seguiu adiante, pois não foram indicados possíveis responsáveis pelos crimes.
A mãe do adolescente também teria levado reclamações à diretoria da escola que, segundo a versão da família, não teria tomado providências. “Lamentamos a fatalidade, a morte prematura e as vítimas feridas, mas que o estado não se omita da sua responsabilidade através da Secretaria da Educação”, disse o advogado.
Sem contato com a vítimaFontes ligadas à investigação confirmaram que a vítima fatal era de outra turma e que sequer convivia com o agressor. Ela teria dado risada por achar que era uma brincadeira antes de ser alvejada.
Outras duas vítimas feridas realmente conviviam com o adolescente e teriam se envolvido em uma briga com ele recentemente. Uma terceira pessoa ficou ferida com um corte no braço ao tentar fugir, mas ela não conhecia o agressor.
Grupos de ódio e transmissão do crimeAs primeiras informações da investigação dão conta que o adolescente fazia parte de um grupo da plataforma Discord. Ele chegou a desenhar uma suástica com uma faca na perna esquerda para somar pontos. O ataque à escola seria outra etapa.
De acordo com a polícia, o adolescente foi incentivado a cometer os crimes e chegou a iniciar uma transmissão para o grupo na manhã de hoje. O adolescente será investigado por homicídio e duas tentativas de homicídio.
Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP) lamenta profundamente e se solidariza com as vítimas do ataque, e que “trabalha para aprimorar o atendimento psicológico a toda comunidade escolar, bem como a segurança nas unidades educacionais”.
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