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13/06/2023 às 13h00min - Atualizada em 13/06/2023 às 13h00min

SC está entre os estados com aumento de internações infantis por doenças respiratórias

Boletim InfoGripe da Fiocruz mostrou que o número de casos para o vírus, saltou de 26,8% para 36,2%.

SUL NOTÍCIAS
Operando com lotação máxima nos leitos de UTI infantil pelo SUS, Santa Catarina abriu edital para a contratação de vagas na rede privada. - Imagem: Reprodução
Os dados mais recentes do Boletim InfoGripe da Fiocruz apontam Santa Catarina como um dos 15 estados com aumento expressivo no número de novas internações de crianças por vírus sincicial respiratório (VSR), a bronquiolite. A divulgação mostrou que o número de casos para o vírus, saltou de 26,8% para 36,2%.

Operando com lotação máxima nos leitos de UTI dedicados aos pequenos, pelo SUS, o Governo de Santa Catarina abriu edital para a contratação de vagas na rede privada. Conforme o Painel de Leitos de UTI/SUS, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a primeira semana de junho estava com quatro das sete macrorregiões com 100% de ocupação, sendo que as demais prestes a chegar neste percentual. A região Sul, incluindo as microrregiões de Criciúma, Tubarão e Araranguá, é uma das áreas sem leitos disponíveis.

O que tem gerado toda essa alta demanda e sobrecarregado o sistema de saúde, segundo informações da SES é o aumento de casos de doenças respiratórias, principalmente bronquiolite, que têm as crianças como o principal alvo. A pediatra, especialista em urgência e emergência, Fabiane Rosa, explica que a entrada do outono e inverno, com temperaturas mais amenas, possibilitam mais rapidez na proliferação de bactérias e vírus e atingem o sistema imunológico que ainda é imaturo.  “Os vírus possuem alto potencial de contágio e transmitem facilmente, principalmente entre as crianças que frequentam creches, berçários e escolas, que mantêm longo contato entre si”, destaca.

Todo esse problema de esgotamento nas unidades hospitalares infantis, poderia ser reduzido drasticamente, conforme Fabiane, com cuidados preventivos e simples. “Locais fechados, com pouca ventilação e grandes aglomerações de pessoas, aumentam o risco de contrair essas doenças. Ainda que esteja frio, as janelas devem ser abertas com frequência”, alerta. Hábitos rotineiros e de higiene também merecem atenção redobrada.  “Lavar as mãos é fundamental ou a aplicação de álcool gel, evitar ambientes fechados e aglomerados, não levar a criança com febre e resfriada para a creche ou escola e tomar cuidado com festinhas de crianças onde pode haver crianças resfriadas. Caso a criança apresente tosse, coriza ou resfriado evitar o contato, principalmente, com as crianças menores de três meses. Idealmente, até esta idade, o recomendável é evitar viagens e não levar a criança para shoppings ou eventos sociais”, sublinha.

As vacinas em dia também assumem um papel importante. “É preciso que, antes do inverno, ela seja vacinada contra a gripe, que é uma infecção mais séria do que um resfriado. Diferente do que muitos acreditam, a vacina não causará a doença, pois nela os vírus estão inativos e não se multiplicarão no organismo”, esclarece. A pediatra reforça que há vacinas também que podem ajudar parcialmente a prevenir pneumonias.

Bronquiolite é uma infecção dos bronquíolos. Ela ocorre mais frequentemente em crianças menores de 2 anos. A bronquiolite é causada por um vírus, mais comumente o vírus sincicial respiratório (RSV). No entanto, vários outros vírus podem causar essa condição, incluindo parainfluenza, influenza e adenovírus. A infecção provoca inflamação e inchaço dos bronquíolos, que, por sua vez, provoca obstrução do fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões.

A maioria dos adultos e crianças mais velhas que estão resfriados podem ser portadores desses vírus. O VSR é altamente contagioso e pode permanecer ativo em superfícies por várias horas. É transmitido pelo contato com uma pessoa infectada e pode se espalhar facilmente através das famílias, creches e hospitais.

Ela geralmente se manifesta com nariz escorrendo, tosse leve e febre. Depois de um dia ou dois, a tosse se torna mais pronunciada, e a criança começa a respirar mais rapidamente e com mais dificuldade. Se seu bebê mostra qualquer um dos seguintes sinais de dificuldade respiratória, ou se a febre durar mais de três dias, leve-o ao pediatra imediatamente.

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