Brasileira presa na Indonésia pode ser condenada à morte e defesa alega aliciamento em SC.

“O que queremos provar é que ela não é uma narcotraficante, ela foi usada como mula”, defende

Manuela Vitória terá primeiro julgamento dia 4 de abril – Foto: R7 / Reprodução / ND

A moradora de Santa Catarina Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, presa em flagrante com quase 3 quilos de cocaína em dezembro será julgada dia 4 de abril, na Indonésia. Inicialmente o julgamento aconteceria nesta terça-feira (28), mas foi adiado pelo Ministério Público do país. No dia 27 de janeiro, ela foi indiciada por tráfico internacional de drogas. 

O advogado argumenta que a jovem foi usada como “mula” enganada por uma organização criminosa, que lhe prometeu férias e aulas de surfe.

Será no julgamento do dia 4 que a família e a defesa da vítima saberá qual será a pena estabelecida pelo governo da Indonésia. Nele, o Ministério Público fará a leitura da sentença definida. No entanto, Davi Silva em conversa informal com o órgão foi informado que, possivelmente, será a pena máxima, a pena de morte.

“Só então após essa primeira leitura que chega a fase de defesa processual. É nela que queremos provar, repito, que ela não é narcotraficante”, explica. Segundo Silva, a jovem e a família já tiveram contato. Para essa e outras medidas, além da intervenção do governo brasileiro, a família conta com a ajuda de um advogado indiano chamado Lukas Bano, que juntamente com outros defensores, recebem cerca de R$ 30 mil para apoiar Manuela no País.

A jovem está em uma cela improvisada em uma espécie de delegacia. Por ser improvisado, Manuela dorme no chão, pois não há camas. A defesa argumenta que a jovem não está sofrendo maus-tratos. “Há outras coisas no entanto muito difíceis. Ela está depressiva, não domina o inglês então pouco conversa”, declara. Caso a pena de morte seja mantida pelo governo indiano o advogado garante que irá procurar o Itamaraty e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar trazer a jovem para o Brasil.

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