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11/07/2022 às 12h46min - Atualizada em 11/07/2022 às 12h46min

Família decide doar órgãos da jovem que morreu de aneurisma em Chapecó

A irmã destacou que a doação de órgãos era uma vontade de Jéssica Hoffmann

Caroline Figueiredo
ND+
Jéssica amava a vida. – Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
A jovem professora Jéssica Hoffmann, de 29 anos, sofria de frequentes dores de cabeça e o diagnóstico era sempre o mesmo: enxaqueca. Natural de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, ela morava desde fevereiro em Balneário Camboriú, no Litoral Norte do Estado. Na última segunda-feira (4), Jéssica sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e após seis dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Ruth Cardoso, morreu neste sábado (9).

A família precisou reunir forças em um momento de extrema dor e decidiu pela doação dos órgãos de Jéssica. A atitude ajudará a salvar entre seis a oito vidas, já que a jovem amava e cuidava de muitas vidas, principalmente a de seus alunos da escola Supera, onde atuou em Chapecó, Balneário Camboriú e Itajaí.

“Ela teve uma grande hemorragia cerebral causado por um aneurisma que nunca soubemos que ela tinha. Quando ia ao médico diziam ser enxaqueca. Isso é um assunto muito sério que precisa ser falado. Fizemos de tudo para salvar a vida dela”, conta a irmã Jaqueline Hoffmann.

Segundo Jaqueline, foram feitos todos os testes exigidos por lei para confirmar o diagnóstico de morte encefálica. A família passou dias de angústia e tristeza esperando a avaliação de três médicos diferentes. Jéssica permaneceu na UTI e recebeu todos os cuidados necessários, assim como a família que contou com apoio psicológico.

“Era a vontade dela”
A irmã destaca que a doação de órgãos era uma vontade de Jéssica que foi atendida, assim como foi feito com Daiane, outra irmã de Jaqueline que também faleceu e os órgãos foram doados.

“O coraçãozinho dela logo estará batendo em outra pessoa. Não tenho palavras para agradecer os amigos de Chapecó e familiares do meu esposo e cunhada que nesse momento difícil não mediram esforços para ter a Jessica perto da sua cidade tão amada. Balneário também sofre com a partida dela, em 5 meses morando aqui conquistou todos que a conheceram. Deus cuidou de tudo e permitiu que ela continuasse ajudando os outros”, enfatiza.

Para Jaqueline, mesmo em meio a dor, o sentimento por todos que ajudaram e apoiaram é de gratidão, principalmente à equipe médica do hospital. “O Dr. Eduardo é um médico de um coração lindo, humano demais. Não temos palavras para agradecer o carinho que tiveram conosco, assim como Ana, Driele e Michele”.

A despedida
Após a retirada dos órgãos para doação, o corpo de Jéssica foi transladado de volta para Chapecó na segunda-feira (11). O velório ocorreu no bairro Jardim América.

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