26/03/2022 às 23h00min - Atualizada em 26/03/2022 às 23h00min
Anvisa alerta para emagrecedores irregulares e proibidos no Brasil
A lista foi divulgada pela agência com o objetivo de facilitar a identificação desses produtos no comércio
https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/03/25/anvisa-divulga-lista-de-emagrecedores-irregulares-e-proibidos-no-brasil.ghtml
Frasco do chá em cápsula "50 Ervas Emagrecedor" encontrado pelos familiares de Mara Abreu — Foto: Arquivo pessoal A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta sexta-feira uma lista de emagrecedores irregulares e proibidos para uso no Brasil. Segundo a agência, o objetivo da divulgação é facilitar a identificação do comércio de emagrecedores irregulares. Os produtos que constam da lista não tiveram sua segurança, eficácia e qualidade avaliados pela Anvisa e/ou estão sendo comercializados de forma irregular. Todos eles foram sujeitos à determinação de recolhimento, além da proibição de fabricação, distribuição, comércio, propaganda e uso, no período entre janeiro de 2020 e 10 de março de 2022. A Agência também divulgou um link com a lista, que será atualizada mensalmente.
Em fevereiro, familiares da enfermeira Mara Abreu, vítima de hepatite fulminante, apontaram que ela tomou cápsulas do chá "50 Ervas Emagrecedor" antes de morrer. Segundo a Anvisa, a marca está proibida no país desde 2020, por não estar regularizada como medicamento. Médica fez alerta para uso de chá emagrecedor após paciente ter falência do fígado (veja mais abaixo). "Entre estes componentes estão o chapéu de couro, cavalinha, douradinha, salsa parrilha, carobinha, sene, dente de leão, pau ferro, centelha asiática. Essas espécies vegetais tem autorização para uso somente em medicamentos, como fitoterápicos, e não em suplementos alimentares", alertou a Anvisa, à época.
O primeiro veto da Anvisa ao produto ocorreu em portaria de novembro de 2020, voltado contra a empresa Pró-Ervas. A segunda ocorreu em março de 2021 e direcionada para produtos da Natuviva. "O motivo das proibições foi a comprovada divulgação e comercialização dos produtos sem registro, notificação ou cadastro na Anvisa, fabricados por empresa que não possui Autorização de Funcionamento na Agência para fabricação de medicamentos", informou a agência.
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