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17/02/2022 às 23h00min - Atualizada em 17/02/2022 às 23h00min

Tragédia anunciada em Petrópolis é caso da natureza ou descaso das autoridades?

Subiu para 136 o número de mortos, segundo atualizou o Corpo de Bombeiros na noite da sexta-feira (18)

Thais Dias
https://www.band.uol.com.br/noticias/chuvas-e-deslizamentos-deixam-mais-de-100-mortos-em-petropolis-rj-16478934
As fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, desde a última terça-feira (15), deixaram ao menos 136 mortos e mais de 200 desaparecidos. Nesta sexta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou a cidade para acompanhar os trabalhos das equipes. O governo federal liberou um repasse inicial de R$ 2,33 milhões. A autorização partiu do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). As portarias que liberam os recursos foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na noite de quinta-feira (17). Às 6h40 desta sexta, a Defesa Civil informou que núcleos de chuva estavam se deslocando em direção ao município. “Previsão de chuva fraca a moderada nas próximas horas”, alertou. Até às 7h55, os moradores foram alertados nove vezes pelas sirenes, que indicam situação de risco para deslizamento e serve de indicativo para que as pessoas se afastem do local. As sirenes foram tocadas em sete locais diferentes de Petrópolis.

Na última terça-feira, em apenas seis horas choveu 260 milímetros. O acumulado foi maior do que todo o esperado para o mês de fevereiro. Com o acúmulo de lama e lixo arrastado pelas águas, vários pontos do Centro estão com vias obstruídas. A orientação é que pessoas de outras regiões evitem a cidade. As aulas na rede pública foram suspensas. Para atender as pessoas que vivem em áreas de risco e tiveram que deixar suas casas, foram abertos pontos de apoio.

O jornalista Carlos Alberto Sardenberg disse que a reforma de um túnel para desviar o excesso de água dos rios durante temporais poderia ter evitado muitas das mortes que ocorreram no município da Região Serrana do Rio. O comentarista destaca que já há dinheiro reservado para a reforma, que não foi feita por 'ineficiência, bagunça e falta de interesse dos governantes'.

No dia anterior aos temporais que já deixaram ao menos 44 mortos em Petrópolis (RJ), a Defesa Civil do Rio de Janeiro recebeu um alerta de possibilidade de "chuvas isoladas ao longo do dia, podendo deflagrar deslizamentos pontuais, especialmente nas regiões de serra e/ou densamente urbanizadas" na região Serrana do Rio de Janeiro, onde fica a cidade. O aviso foi dado na segunda-feira (14) pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemanden) e deveria ter levado as autoridades a retirarem os moradores do local, diz Paulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física da USP e vice-presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. 

Josélia Pegorim, meteorologista do Climatempo, afirmou que não se pode culpar somente a natureza pelas fortes chuvas que atingiram Petrópolis. Durante a entrevista, a especialista foi questionada se esses eventos extremos têm a ver com o aquecimento global. Ela afirmou que é "inegável" que o aquecimento global está acontecendo, mas não dá para colocar todo e qualquer evento na conta disso. Josélia disse ainda que não acredita que a tragédia que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro se deve ao aquecimento global. "Essa é uma região que tem histórico enorme de desastres naturais. Até quando vamos continuar culpando pura e simplesmente a natureza? Fizemos a lição de casa? Porque não vai ser a última vez que a região que tem uma geografia muito favorável vai ter chuva intensa", avaliou ela.

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