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01/02/2021 às 16h04min - Atualizada em 01/02/2021 às 16h04min

Volta às aulas em SC

Como as escolas atuam para a retomada das atividades presenciais?

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https://www.nsctotal.com.br/noticias/volta-as-aulas-em-sc-como-as-escolas-atuam-para-a-retomada-das-atividades-presenciais
REPRODUÇÃO
Depois de 11 meses longe das escolas, os estudantes já têm data definida para a volta às aulas presenciais em Santa Catarina. O calendário de atividades da rede estadual de educação prevê retorno no dia 18 de fevereiro, com alternância entre grupos de alunos. Nas redes municipais, as cidades têm autonomia para definir as datas da largada do ano letivo. Na rede particular, a maioria das instituições deve iniciar o ano letivo entre 8 e 9 de fevereiro, de acordo com o Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinepe-SC).

Com a proximidade do início do novo ano letivo, pais e educadores se prepararem para garantir que os estudantes tenham um retorno seguro às aulas. Com o modo híbrido, os pequenos terão a oportunidade de conviver com colegas e professores, beneficiando-se não apenas de melhores condições de aprendizado mas de outros fatores que o ambiente escolar oferece.

Para Adriana Laurentino Moreira, diretora geral do Colégio Shalom, de Blumenau, e mestre em ciências da educação, educadores atuam diretamente na formação de uma geração e não é possível fazer isso sem afetividade, sem proximidade:

— A escola não é repositório de informação, mas sim de conhecimento. E conhecimento tem processo. Quando você vai ensinar determinado conteúdo para a educação infantil, por exemplo, você passa a informação mas também complementa com uma música, uma brincadeira, uma atividade. Há toda uma construção por trás daquele conteúdo e cada criança tem uma forma de aprendizagem diferente. — defende. Na escola, por meio de interações, construímos esse conhecimento e damos sentido a ele. Aquilo que o aluno está aprendendo tem que conversar com ele. E o relacionamento é indispensável nesse contexto Adriana Laurentino Moreira

AULAS PRESENCIAIS
"Pedimos aos pais que tragam seus filhos", diz secretário sobre volta às aulas em Joinville. Em 2020, o colégio se adaptou rapidamente ao novo cenário, graças a uma sólida comunicação com os pais e ao acompanhamento até que todos os alunos estivessem integrados na plataforma de ensino on-line. O resultado foi o fechamento do ano letivo com bom aproveitamento - todas as crianças em idade de alfabetização aprenderam a ler e a escrever, por exemplo.

Agora, o foco é promover um ambiente seguro para o retorno dos alunos. O colégio vem se preparando para isso desde o ano passado. Quando a volta às aulas foi permitida, em novembro, foi feita uma pesquisa com os pais, que optaram por encerrar o ano letivo com o ensino remoto. Foi oferecido então um reforço presencial em contraturno, para que os estudantes pudessem retornar gradualmente à escola. — Pudemos conversar, receber e orientar as crianças. Explicamos por onde elas poderiam andar, falamos sobre o uso de bebedouros. Foi bem produtivo, porque pudemos entender como eles estavam se sentindo e também explicar como seria essa nova dinâmica dentro da escola. Tudo que estiver ao nosso alcance para oferecer um ambiente seguro, nós vamos fazer — explica a diretora.

Unicef se posiciona a favor do retorno
A segurança na volta às aulas também está na pauta de órgãos como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que em janeiro divulgou uma carta aberta a prefeitas e prefeitos eleitos nos 5.568 municípios brasileiros, pedindo que priorizem a reabertura segura dos ambientes de ensino. E quando se fala em segurança, não se trata somente dos protocolos de prevenção à Covid-19. O documento também defende que o longo tempo de fechamento da maioria das escolas e o isolamento social têm impactado profundamente não só a aprendizagem e a saúde mental, mas também a proteção de crianças e adolescentes. A carta ainda destaca a importância das escolas na proteção contra violências, incluindo a doméstica, que aumentou na pandemia, e na oferta de alimentos, já que muitas crianças e adolescentes dependem da merenda para alimentação. Há ainda uma preocupação com a evasão escolar. Principalmente em famílias em situação de maior vulnerabilidade social: quanto mais tempo fora da escola, menor a chance de crianças e adolescentes retornarem à sala de aula. O UNICEF disponibiliza uma cartilha de recomendações para a reabertura segura, que contempla tópicos que vão desde ações de saneamento para que as escolas sejam reconhecidas como promotoras de saúde a materiais que incentivam educadores e coordenadores a priorizarem a saúde mental dos alunos. Iniciativa parecida foi tomada pelo Movimento Todos Pela Educação, organização da sociedade civil que busca contribuir para melhorar a qualidade da Educação Básica no Brasil. O movimento encabeça uma campanha para mobilizar prefeitos e prefeitas a enfrentarem o desafio da volta às aulas da melhor maneira possível. O material “Educação Já Municípios – Recomendações para o plano de volta às aulas nas novas gestões municipais” traz tanto recomendações para o retorno em 2021 como diretrizes para apoiar a formação dos planos educacionais das gestões municipais.

Em Santa Catarina, dados da Secretaria Estadual de Educação mostram que o ano letivo de 2020 encerrou com atendimento de 96,7% de alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio da rede estadual, considerando os dados cadastrados pelos docentes na plataforma Professor On-line. Outros 2,4% dos alunos estão sem informações no sistema e 0,9% estão indicados como não atendidos, público que é o foco do Programa de Combate à Evasão Escolar (APOIA). Para a volta às aulas, foram entregues às escolas da rede máscaras, álcool em gel, dispensers, totens para distribuição, termômetros digitais infravermelhos e protetores faciais.

Colégios promovem ações em prol da saúde mental
Na rede particular de ensino, escolas apostam em ações para unir professores, pais e alunos e ajudar famílias a se adaptarem à nova rotina. Para o diretor do Colégio Santa Rosa de Lima, de Lages, Alderi Antônio Oldra, a forma com que a escola conduziu os processos durante a pandemia fez com que os alunos e professores se mantivessem próximos da instituição de ensino. Para isso, apostou em atividades criativas, como eventos em formato drive-in e até uma sessão de cinema com projeção de filmes na parede do ginásio, com lugares marcados para cada família curtir com distanciamento e segurança. — Por meio dessas e outras ações, nós aproximamos os alunos da escola, encontramos jeitos criativos de trazê-los. Não deixamos eles isolados em casa. Foi muito importante para manter o vínculo, a relação — conta o diretor.

TRANSIÇÃO
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Para o novo ano letivo algumas turmas foram reduzidas para que os professores e colaboradores possam atender bem a todos. Para estimular as crianças a higienizar as mãos com álcool em gel, os totens foram decorados com personagens de desenho animado, que atraem a atenção dos pequenos. E como a escola está localizada em uma edificação centenária, a estrutura já possui salas amplas com grandes janelas, que permitem o distanciamento social e arejamento exigidos.

O colégio também está preparando um programa socioemocional chamado Líder em Mim, que vai trabalhar questões como autonomia e proatividade nos jovens alunos, pais e colaboradores. Neste ano, pensando nos impactos da pandemia na saúde mental dos alunos, o programa será gratuito. - A gente vinha todos os dias para o colégio e era muito triste chegar aqui e não ouvir o barulho das crianças, adolescentes e jovens. Uma escola sem esse movimento fica sem vida. Nós estamos muito ansiosos, inclusive a emoção toma conta porque a gente quer muito o retorno deles, deseja muito ouvir os gritos das crianças novamente. Recebemos muitos depoimentos de que elas não veem a hora de voltar para a escola. Estão com saudades, e isso é gratificante para nós educadores, pois mostra que estamos fazendo a nossa parte, fazendo a diferença na vida deles — conclui Oldra.

Efeitos da Covid-19 nas crianças:
- Em todo o mundo, a hospitalização e letalidade da Covid-19 em crianças é baixa
- Em Santa Catarina, houve 24.006 casos entre crianças de 0 a 14 anos e 14 mortes (da primeira confirmação, em março de 2020, ao dia 21 de janeiro)
- Números correspondem a menos de 5% do total de casos confirmados no Estado no mesmo período (552.310)
- Pesquisas mostram que o fechamento de escolas traz perda de aprendizado e deterioração da saúde física e mental dos jovens estudantes.
- No Reino Unido, estima-se que a perturbação da pandemia na educação possa fazer com que um quarto da força de trabalho de toda uma geração tenha menos qualificações e menor desempenho.

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