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09/07/2021 às 14h48min - Atualizada em 09/07/2021 às 14h48min

Brasil assume a presidência do Mercosul

Na reunião com chefes de Estado, Bolsonaro destacou que o Brasil vai trabalhar para que o bloco seja instrumento para modernidade

https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2021/07/brasil-assume-a-presidencia-temporaria-do-mercosul
Bolsonaro discursa durante cúpula do bloco - Foto: Divulgação
Brasil assumiu a presidência pro tempore do Mercosul durante a 58ª edição da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados realizada nesta quinta-feira (8), por videoconferência. O Presidente Jair Bolsonaro afirmou que, à frente do bloco, o foco do Brasil será modernizar a agenda econômica do Mercosul. “Persistiremos nesse caminho durante o exercício da presidência pro tempore que nos cabe até o final deste ano”, disse. “Em nossa presidência de turno que se inicia hoje continuaremos a trabalhar pelo resgate dos valores originais do bloco, associados à abertura e a busca da maior e melhor integração de nossas economias nas cadeias regionais e internacionais de valor”. “O Mercosul nasceu de um compromisso claro com a liberdade e com a democracia e abertura para o mundo. Serão esses os princípios orientadores da atuação brasileira no Mercosul”, acrescentou o Presidente.

Bolsonaro disse ainda que, na ampla agenda do Mercosul, o Brasil vai trabalhar para gerar resultados que possam ser valorizados e percebidos pelas populações e empresários dos integrantes do bloco. “Queremos um Mercosul de resultados, queremos um Mercosul que seja instrumento para a modernidade”, afirmou.

Novas conquistas
Segundo Bolsonaro, é preciso transformar o Mercosul em instrumento efetivo de promoção da liberdade e da prosperidade para os povos dos países membros. “Não podemos deixar que o Mercosul continue a ser visto como sinônimo de ineficiência, desperdício de oportunidades e restrições comerciais”, afirmou. ''Precisamos lançar novas negociações e concluir os acordos comerciais pendentes, ao mesmo tempo que trabalhamos para reduzir tarifas e eliminar outros entraves ao fluxo comercial entre nós e com o mundo em geral”, disse.

O Presidente Jair Bolsonaro disse que é preciso avançar em dois temas que são a redução da Tarifa Externa Comum e a flexibilidade para a adoção de acordos comerciais com parceiros externos. E afirmou que o Mercosul precisa alcançar uma economia mais integrada ao mundo, ter empresas mais competitivas, trabalhadores mais produtivos e consumidores mais satisfeitos. “O Mercosul precisa mostrar seu valor com entregas à população, pela conquista de novos mercados e pela eliminação de entraves que tenham como resultados novos empreendimentos, mais empregos e produtos mais baratos”, disse.

Economia
Durante o discurso, o Presidente Bolsonaro afirmou que seu governo está empenhado para intensificar a imunização em massa da população brasileira contra a Covid-19 e garantir a rápida e plena recuperação da economia do país. “Meu governo está empenhado em garantir rápida e plena recuperação da economia neste momento de intensificação da imunização em massa. Os brasileiros voltam a trabalhar, a estudar e a encontrar-se com plena segurança. A viver, enfim, em condições de absoluta normalidade”, ressaltou. “As mudanças e reformas que empreendemos no Brasil oferecem base firme para a retomada econômica juntamente com as medidas emergenciais de garantia do ganha pão das parcelas mais vulneráveis da nossa população. Nossa recuperação, de fato, já começou como mostram os números mais atualizados da nossa economia”, disse.

O Presidente disse esperar que ao final do ano, com o avanço da vacinação, a reunião possa ser realizada de forma presencial. “Com avanço firme e decisivo da vacinação em massa nos próximos meses, estarei honrado em poder recebê-los no Brasil no final do ano”, disse.

O bloco
O Mercosul tem como países fundadores o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Mais tarde, a Venezuela passou a fazer parte do bloco e, atualmente, está suspensa do Mercosul. A Bolívia está em processo de adesão. Em 2020, o Brasil exportou cerca de US$ 12,4 bilhões para os países do Mercosul e importou US$ 11,9 bilhões, com superávit de cerca de US$ 420 milhões.

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