Com o IGP-M nas alturas, o setor de locação imobiliária ganhou um novo desafio. Trata-se do principal índice que rege o reajuste dos alugueis em todo o Brasil. Mas o momento delicado da economia tem feito com que os principais gestores desse segmento busquem alternativas.
O objetivo é conciliar o interesse dos proprietários e inquilinos, evitando aumentos expressivos no aluguel e mantendo os imóveis ocupados.
Em 2020 o IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) fechou com alta acumulada de 23,14%, ante um índice de 7,30% no ano anterior. Já o IPCA acumulou em 2020 alta de 4,52%, ficando bem abaixo do IGP-M.
A Lello Imóveis, com atuação em São Paulo, decidiu mudar o índice que reajustará os novos contratos de aluguéis residenciais e comerciais firmados entre proprietários e inquilinos em 2021.
O IGP-M será substituído pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O objetivo é reduzir o impacto sobre os reajustes.
“A emergência imobiliária que se coloca é a manutenção dos contratos de aluguéis, atendendo às necessidades de locadores e locatários, já muito afetados pela pandemia de Covid-19, e evitando a desocupação dos imóveis”, afirma Moira de Toledo Bossolani, Head do Jurídico da Lello Imóveis.
Ela explica que para os contratos anteriores a 2021 a melhor forma é a negociação entre as partes, uma vez que a demanda do mercado de locação está baixa, e é possível encontrar novos imóveis com preços inferiores aos vigentes em contratos. E isso favorece o inquilino na negociação com o atual proprietário.
“Com diálogo e bom senso, o setor imobiliário vem demonstrando grande sensibilidade, reforçando seu papel de conciliação para atender às necessidades de proprietários e inquilinos, em favor da locação”, conclui a Head do Jurídico da imobiliária.