Com a pandemia, muitos brasileiros tiveram que enfrentar o desafio do desemprego ou tiveram a renda comprometida. Para conseguirem se manter, o empreendedorismo acabou sendo uma alternativa para algumas pessoas, tanto que 2020 fechou com o maior número de empreendedores da história brasileira. De acordo com o portal do empreendedor, em março de 2020, o Brasil tinha 9.818.993 MEI´s cadastrados. Já em dezembro do mesmo ano, o saldo era de 11.316.853 MEI´s, um crescimento de 13,23%.
A quarentena fez a imaginação e a criatividade dos empreendedores aflorarem. Não faltaram negócios inusitados que surgiram na pandemia. Um dos setores que despontou e registrou crescimento foi o mercado erótico, já que o isolamento fez com que as pessoas procurassem outras formas de prazer sem a presença de um parceiro (a). “Com mais tempo em casa, aceleramos o lançamento da plataforma para que ela acontecesse no início da pandemia. Começamos a monetizar um projeto que, até então, era um conteúdo de redes sociais sem retorno financeiro.”, explica Fábio Chap, criador da primeira plataforma de áudios eróticos do Brasil, a Tela Preta.
A startup é pioneira em oferecer esse tipo de serviço no Brasil. Surgiu justamente em um período que parecia ser passageiro: abril de 2020. “É um desafio investir em um negócio durante um momento completamente novo e diferente de tudo que nós já vivemos, ficamos até surpresos com a receptividade do público e com o desempenho que tivemos em apenas um ano de projeto”, diz Chap.
Além de Fábio, a Tela Preta conta com mais três sócios: Samuel Aguiar, Guilherme Nakata e Laís Conter. Para quem está pensando em abrir um negócio nesse período a dica é pensar em algo que não exija muitos gastos iniciais. “Como nós já tínhamos os ativos disponíveis pelos sócios, o nosso investimento inicial real, sem o capital humano, foi de cerca de R$1.200, porém, se tivéssemos que começar do zero e investir em tudo, teríamos que desembolsar cerca de 30 mil reais”, ressalta o empreendedor.
Outro ponto importante que precisa ser levado em consideração para quem vai empreender na pandemia é pensar sobre como será o futuro do negócio depois que a situação estiver controlada. “Se a intenção for seguir com o empreendimento por um longo prazo, é preciso pensar sobre como será o cenário pós-Covid, se o negócio vai continuar tendo adesão e público e quais serão os próximos passos”, explica Chap.
Prestes a completar um ano, a Tela Preta já conta com 2.500 assinantes acumulados e tem projeção de dobrar esse número até 2021. No mês de fevereiro, o faturamento acumulado da empresa atingiu a cifra de R$220 mil reais. “Apesar de a plataforma ter sido lançada em um período em que as pessoas precisam praticar o distanciamento, acredito que quando tudo estiver mais tranquilo vamos até aumentar nosso faturamento, pois além de uma nova forma de sentir e ouvir o prazer, poderemos realizar os eventos presenciais que tanto estamos esperando”, finaliza o empreendedor.
Sobre a Tela Preta
Iniciada em abril de 2020, a startup Tela Preta é a primeira plataforma de áudios eróticos do Brasil. A ideia surgiu após Fábio Chap publicar em grupos de redes sociais contos eróticos narrados por ele. Enxergando uma grande oportunidade de empreendimento, o programador Samuel Aguiar propôs a Fábio criar uma plataforma digital para rentabilizar os áudios. Fábio chamou o produtor de áudio Guilherme Nakata e a designer e criadora de conteúdo Laís Conter para reforçar o time que viria a formar a Tela Preta. A plataforma foi batizada com esse nome pois no momento das gravações dos contos, publicados via stories, Fábio colocava uma fita isolante na câmera do celular.