Segundo o hacker preso pela Polícia Federal (PF), o código-fonte só poderia ser acessado nas dependências do TSE em Brasília
Passados 27 anos da estreia das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras, o uso dessas máquinas está novamente em pauta. Em uma pesquisa realizada no ano passado, o Instituto Datafolha perguntou se os entrevistados preferiam permanecer no sistema eletrônico de votação ou se entendiam que o país deveria retornar ao voto em papel utilizado no passado. Uma maioria de 77% defendeu a manutenção das urnas eletrônicas, contra apenas 20% que disseram preferir a antiga votação em cédulas manuais. Mas desde 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro alega que houve fraudes na votação de 2018, e que o modelo só passaria a ser não é confiável se os números que cada eleitor digitar na urna eletrônica, sejam impressos, e também que os papéis sejam depositados de forma automática numa urna de acrílico. A ideia dele é que, em caso de acusação de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel possam ser apurados manualmente. Em agosto, o hacker preso pela Polícia Federal (PF), Walter Delgatti Neto, teria afirmado em um primeiro depoimento à corporação que Bolsonaro teria perguntado em determinada ocasião, se ele conseguiria invadir as urnas, caso tivesse o código-fonte da maquina. Delgatti teria dito, contudo, que “isso não foi adiante”. Segundo ele, o acesso ao código-fonte só poderia ser acessado nas dependências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, e que “não poderia ir lá”.
