Tarcísio nega excesso da polícia e diz que operação após morte de PM da Rota deixou mortos
O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), disse, na segunda-feira (31), que a operação Escudo, realizada no fim de semana em Guarujá, deixou oito mortos. Ela começou após o policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), ser morto. “Foram oito óbitos nesse fim de semana. A polícia quer evitar o confronto de toda forma, mas a partir do momento que ela é hostilizada, infelizmente há um confronto. (…) A polícia reage e ela vai reagir para repelir a ameaça”, declarou. “Não houve hostilidade, não houve excesso. Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar com a operação”, afirmou. Segundo o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, quatro mortos foram identificados enquanto os demais ainda estão no processo. Flávio Dino vê operação policial com onze mortos no Guarujá como reação ‘que não parece proporcional’. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, repudiou a declaração do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que se disse "extremamente satisfeito" com as operações policiais no litoral norte de São Paulo. A ministra defendeu um trabalho de conscientização junto a autoridades para evitar o uso da violência em ações de segurança, destacou que um jovem negro morre a cada 30 minutos, em média, no país, e afirmou que a "pele preta não pode ser suspeita".