No franco jogo de cartas entre a política e justiça, com truques, Blefes e apostas altas, quem dará a cartada final?
Oposição joga em várias frentes para livrar Bolsonaro do cerco jurídico. Enquanto o país acompanha a tensão entre Congresso e STF, a oposição articula um movimento estratégico: o chamado “pacote da paz”, que inclui o PL da Anistia, o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e a PEC do foro privilegiado. Mais do que uma tentativa de pacificação, parece ser a última jogada de Jair Bolsonaro para escapar das consequências jurídicas dos atos de 8 de janeiro. Truco: gritando mais alto para intimidar o juiz. No truco, quem grita mais alto nem sempre tem a melhor mão — mas pode vencer pela pressão. É essa a tática da oposição ao apresentar o pedido de impeachment de Moraes. Com apoio de 39 senadores, ainda distante dos 54 votos necessários, o gesto serve como sinal de enfrentamento e busca deslegitimar o papel do ministro como relator dos processos contra Bolsonaro e seus aliados. Blackjack: apostando tudo na PEC do foro privilegiado. No blackjack, o jogador decide se pede mais uma carta ou para. A oposição pediu mais uma: a PEC que altera as regras do foro privilegiado, impedindo que ex-presidentes sejam julgados diretamente pelo STF. Flávio Bolsonaro já admitiu que a proposta visa tirar seu pai da alçada de Moraes. Se aprovada, os processos poderiam ir para instâncias inferiores, onde o ambiente político pode ser mais favorável. Poker: blefe ou mão vencedora com o PL da Anistia. No poker, blefar é tão importante quanto ter boas cartas. O PL da Anistia ampla, geral e irrestrita é o blefe mais ousado da oposição. O projeto busca perdoar os envolvidos nos atos golpistas — incluindo Bolsonaro. Apesar da resistência, até de aliados, o PL funciona como moeda de troca e instrumento de pressão para acelerar outras pautas. Scopa: limpando a mesa com obstrução e narrativa. Na Scopa, o objetivo é limpar a mesa. A oposição tenta fazer isso obstruindo os trabalhos legislativos e dominando a narrativa pública. Ao se apresentar como vítima de perseguição judicial e defensora da “pacificação nacional”, Bolsonaro tenta virar o jogo e se reposicionar como líder legítimo de uma parcela expressiva do eleitorado. E no fim do jogo, quem dá as cartas? O embate entre política e justiça está longe de terminar. A oposição joga em várias frentes, tentando mudar as regras enquanto desafia o árbitro. O STF mantém suas cartas firmes, mas enfrenta uma pressão inédita. Se o “pacote da paz” for aprovado, Bolsonaro pode escapar das consequências jurídicas. Se for derrotado, a oposição terá revelado suas cartas — e talvez tenha apostado alto demais.
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