O autor do documento optou pelo anonimato por medo de retaliações, apontando Moraes como responsável por uma série de abusos cometidos durante o 8 de janeiro
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), recebeu uma petição que acusa o ministro Alexandre de Moraes (STF) de “violações sistemáticas de direitos humanos” no Brasil. A denúncia à CIDH ainda não teve autoria oficialmente divulgada, mas há fortes indicações e especulações com base nos nomes citados na própria peça e nos discursos públicos de certos políticos. Entre os possíveis nomes com envolvimento ou apoio à denúncia, estão o do deputado federal, Nikolas Ferreira, por ter feito críticas duras ao STF e foi mencionado na denúncia como vítima de censura. Há outra deputada, Bia Kicis, aliada de Ferreira e também vocal contra decisões do Supremo. Damares Alves – Senadora, citada na denúncia como alvo de perseguição judicial. Jair Bolsonaro ou aliados próximos – Apesar de não citados nominalmente como autores, há especulação de que o documento pode ter partido ou sido articulado por pessoas próximas ao ex-presidente, dados os temas abordados. Os nomes citados são figuras públicas que já se manifestaram contra decisões de Alexandre de Moraes, especialmente relacionadas ao inquérito das fake news e atos antidemocráticos. A denúncia usa termos e argumentos que são comuns em discursos da direita conservadora brasileira, como “lawfare”, “perseguição política” e “censura judicial”. Alguns deles já afirmaram em entrevistas ou redes sociais que pretendem levar “denúncias às cortes internacionais” contra membros do Judiciário. Outros nomes se conectam ao contexto da denúncia contra Alexandre de Moraes na OEA, como o do senador republicano estadunidense, Marco Rubio, conhecido por apoiar sanções contra regimes considerados autoritários. Mas entre as alternativas citadas, o nome do senador brasileiro licenciado, Eduardo Bolsonaro está no centro da especulação. Licenciado do cargo e morando nos EUA, Eduardo já declarou publicamente que pretende denunciar Moraes internacionalmente. Ele também mencionou a Lei Magnitsky e tem sido apontado como principal articulador da ofensiva internacional contra o ministro do STF. Carla Zambelli, deputada federal licenciada pelo PL-SP, que está foragida na Itália desde junho de 2025, após ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também poderia estar entre os prováveis nomes que pediu sigilo na denúncia à OEA.
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