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Qual sua leitura sobre o ''assistencialismo estatal'' no Brasil?

25/07/2025

Recentemente um episódio nas redes sociais, escancarou como o debate sobre programas sociais ainda é cercado por preconceitos 

O vídeo do casal de influenciadores de Pomerode, Jennifer e Cleiton Stainzack, viralizou ao listar “regras” para morar em Santa Catarina, incluindo críticas ao que chamaram de “assistencialismo estatal”. A repercussão foi intensa: muitos consideraram o conteúdo xenofóbico e discriminatório, especialmente contra migrantes de outras regiões do Brasil. A vereadora Ingrid Sateré Mawé, de Florianópolis, chegou a denunciar o vídeo ao Ministério Público, que está analisando o caso. Em meio à polêmica, surgiram reflexões importantes: assistência não é sinônimo de fracasso, mas de proteção social. Apoiar políticas públicas não significa dependência, mas reconhecer que o Estado tem responsabilidade com os mais vulneráveis. Os impactos vão muito além do indivíduo beneficiado, pois os programas sociais brasileiros são ferramentas de transformação estrutural, e não apenas paliativos. Eles exigem contrapartidas, são monitorados, e têm impacto direto na educação, saúde, economia e cidadania. Dados mostram que a região Sul têm menor adesão aos programas sociais em comparação com o Nordeste e outras regiões — e isso pode ajudar a explicar parte do preconceito, embora não o justifique. Em SC, cerca de 207 mil famílias recebem benefícios como o Bolsa Família — número expressivo, mas proporcionalmente menor que em estados nordestinos. O Nordeste concentra 47% das famílias atendidas pelo Auxílio Brasil, enquanto o Sul tem menor participação relativa. Menor dependência direta dos programas sociais na região Sul pode gerar a percepção equivocada de que esses benefícios são “desnecessários” ou “mal utilizados”. Alta formalização do mercado de trabalho em SC (maior percentual de carteiras assinadas do país) reduz a necessidade de assistência direta. Índice de Progresso Social elevado em SC — com destaque em educação, saúde e oportunidades — reforça a ideia de “autossuficiência”, o que pode alimentar discursos excludentes. Mas é importante lembrar: preconceito não se justifica por estatística. Os programas sociais existem para equilibrar desigualdades históricas e garantir dignidade a quem mais precisa — independentemente da região. O vídeo do casal de influenciadores de Pomerode, pode até ter começado com um vídeo polêmico, mas acabou reacendendo um debate necessário sobre empatia, justiça social e o verdadeiro papel do assistencialismo.

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