A reportagem da revista Veja levantou dúvidas sobre a colaboração do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que podem comprometer a validade do acordo de delação
A revista Veja da quinta-feira (12), apontou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, mentiu em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da suposta tentativa de golpe, em 8 de janeiro de 2023. Segundo a matéria, Cid teria utilizado um perfil falso em redes sociais para divulgar versões diferentes das fornecidas à Polícia Federal, contrariando as restrições impostas pelo acordo de colaboração premiada. Durante o interrogatório, ao ser questionado sobre o perfil @gabrielar702, Cid hesitou e afirmou não saber se pertencia à sua esposa. A revelação da Veja gerou repercussão no meio jurídico e político, com aliados de Bolsonaro reforçando pedidos de nulidade da delação e questionando a legalidade do processo. A Polícia Federal também cumpriu mandado de prisão contra Cid por suposta tentativa de fuga do país com ajuda do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado. O STF ainda não indicou se pretende anular a delação, mas o episódio fragiliza a principal peça de acusação contra os investigados. Caso a colaboração seja anulada, Cid pode enfrentar penas mais severas, semelhantes às dos demais réus da trama golpista. A situação segue em análise pelas autoridades, e novos desdobramentos podem ocorrer nos próximos dias.
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