A nova proposta de emenda à Constituição visa reduzir a jornada semanal de trabalho de 44 para 36 horas. A medida manteria o limite de oito horas diárias, mas alteraria o inciso XIII do artigo 7º da Constituição, que trata do tema. O texto foi apresentado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP)
O fim da escala 6x1, que prevê seis dias de trabalho seguidos para apenas um dia de descanso, pode beneficiar principalmente trabalhadores com carteira assinada e homens, segundo estudos recentes. Isso ocorre porque homens tendem a ter jornadas médias de trabalho remunerado mais longas, o que os tornaria mais contemplados pela mudança. Além disso, setores como comércio e serviços, que dependem de força de trabalho contínua, podem precisar contratar mais funcionários para cobrir as folgas adicionais. No entanto, defensores da proposta argumentam que, com mais tempo livre, os trabalhadores consumiriam mais, impulsionando a economia. A proposta de redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais ainda está em debate e enfrenta resistência no Congresso Nacional. O governo federal e centrais sindicais têm defendido a medida como uma forma de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e equilibrar melhor o tempo entre trabalho e lazer. Estudos indicam que a redução da jornada de trabalho pode comprometer até 16% do PIB nacional, afetando o faturamento dos setores produtivos. Isso ocorre porque a produtividade pode não acompanhar a diminuição das horas trabalhadas, impactando a competitividade do Brasil no cenário global. Empresas podem enfrentar aumento de custos operacionais, já que precisarão contratar mais funcionários para cobrir as folgas adicionais. Isso pode ser especialmente desafiador para pequenos negócios, que podem ter dificuldades em absorver esses custos sem repassar para os preços dos produtos e serviços. Com o aumento dos custos para as empresas, há um risco de elevação dos preços em diversos setores, incluindo alimentação e transporte público. Isso pode pressionar a inflação e afetar o poder de compra da população. Apesar dos desafios, defensores da proposta argumentam que a mudança pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, impulsionar o consumo e gerar novas oportunidades de emprego. O debate segue no Congresso, e há forte mobilização de sindicatos e movimentos sociais em favor da medida. Você acha que essa mudança traria impactos positivos para os trabalhadores e para a economia?
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