Se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não tivesse anunciado a Medida Provisória (MP) para liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário para o Plano Safra, as consequências poderiam ser graves
A suspensão do Plano Safra 2024/2025 foi determinada pelo Tesouro Nacional devido à falta de recursos no Orçamento da União, agravada pelo aumento da taxa básica de juros (Selic) e pelo atraso na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 pelo Congresso Nacional. A medida entrou em vigor no dia 21 de fevereiro de 2025. O cenário político atual é bastante delicado para o governo Lula, que enfrenta uma queda significativa na sua popularidade. A aprovação do governo caiu de 35% para 24%, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%. Esse contexto torna ainda mais desafiador para o governo garantir apoios políticos e implementar medidas eficazes para controlar a inflação dos alimentos da cesta básica. Se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não tivesse anunciado a Medida Provisória (MP) para liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário para o Plano Safra, as consequências poderiam ser graves. A suspensão das linhas de crédito subsidiadas afetaria diretamente os produtores rurais, especialmente os médios e grandes, que dependem desses recursos para custear suas operações e investir em tecnologia e infraestrutura. Isso poderia resultar em aumento dos custos de produção, redução da produtividade e dificuldades de planejamento, impactando negativamente a cadeia produtiva e elevando os preços dos alimentos. A MP de Haddad visa garantir a continuidade do Plano Safra dentro dos limites do arcabouço fiscal, evitando a descontinuidade das linhas de crédito e minimizando os impactos negativos no setor agrícola. Tanto o governo quanto o Congresso tiveram interferência na suspensão do Plano Safra. No entanto, o atraso na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 pelo Congresso Nacional também foi um fator significativo.
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